A cérvix uterina, também chamado de colo uterino, é a porção cilíndrica, mais baixa do útero, sendo que sua extremidade superior possui continuidade com o istimo do útero e sua porção final se une a vagina. Apresenta um comprimento variável entre 2,5 e 3 centímetros na mulher.
A estrutura histológica dessa região difere do resto do útero. A mucosa é revestida por um epitélio colunar simples secretor de muco. A cérvix possui poucas fibras de musculatura lisa consistindo, aproximadamente, 85% de tecido conjuntivo denso. A porção externa da cérvix, que faz saliência no lúmen da vagina, é revestida por epitélio pavimentoso estratificado.
A mucosa da cérvix contém as glândulas mucosas cervicais, que se ramificam intensamente. Esta mucosa não passa por mudanças aparentes durante o ciclo menstrual da mulher, não descamando durante esse período. Já na gravidez, as células das glândulas mucosas proliferam e secretam um líquido mucoso mais abundante e mais viscoso.
As secreções cervicais possuem um importante papel na fertilização. Na época da ovulação, as secreções mucosas são mais fluidas, facilitando assim a penetração do esperma no útero. Na fase luteal ou na gestação, o níveis de progesterona alteram a secreção de modo que elas tornam-se mais viscosas e previnem a passagem do esperma, assim como de microrganismos, para o interior do útero. A dilatação da cérvix que precede o parto é resultante da intensa colagenólise, que promove o amolecimento de sua parede.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20170218012335/http://www2.unifesp.br:80/dmorfo/histologia/ensino/utero/anatomia.htm
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cervix-uterina/