Recebe o nome de planejamento urbano o processo técnico e político dedicado ao controle do uso da terra e desenho do ambiente urbano, incluindo redes de transporte destinadas a orientar e garantir o desenvolvimento ordenado de assentamentos e comunidades.
A expressão “planejamento urbano” vem da Inglaterra e dos Estados Unidos, e é fruto de modernos conceitos ali desenvolvidos para lidar com a cidade e seus problemas de uma maneira diferente. Era uma resposta aos problemas enfrentados pelas cidades, fruto do urbanismo moderno. O fenômeno urbano é entendido como algo dinâmico, no qual a cidade é fruto de sua própria história, e que evolui no tempo de forma não linear. A cidade é vista como o produto de um determinado contexto histórico, muito além de ser apenas um modelo ideal concebido por urbanistas.
Historicamente, o planejamento estava limitado ao desenho urbano e projeto das cidades, concentrando-se em seu ordenamento físico. O urbanista, profissional ligado à matéria, deveria somente “projetar” a cidade, ideia que sofreria uma modificação, consolidada com o advento do planejamento sistêmico.
Geralmente empregado do poder municipal local (prefeitura), o urbanista hoje lida com as possíveis formas de melhorias na qualidade de vida da coletividade, vista como um sistema, em que todas as suas partes dependem umas das outras. Assim, o planejamento se torna um processo de escolha de uma série de ações consideradas as mais adequadas para conduzir a situação atual na direção dos objetivos desejados.
Na execução dos modernos conceitos de planejamento urbano há a participação de profissionais de diversas áreas do conhecimento, cada um trazendo sua própria visão sobre os problemas da cidade. Entre estes, destacam-se a colaboração de sociólogos, historiadores, economistas, juristas, geógrafos, psicólogos etc. Isso resultou necessariamente na redução do papel do arquiteto no desenvolvimento das cidades. É importante em todos os estudos realizados por urbanistas e gestores que estes desenvolvam uma visão holística do meio urbano por meio do desenvolvimento de trabalhos em equipes multidisciplinares, incluindo também a participação da sociedade.
O processo de planejamento moderno ocorre de forma cíclica, no qual os resultados alcançados pelas ações se transformam em objeto de análise que gera retroalimentações para as outras fases do processo.
Segundo Brian McLoughlin, ideário das bases do planejamento urbano sistêmico, a sequência de etapas que devem ser seguidas durante o processo são:
- Avaliação preliminar
- Formulação dos objetivos
- Descrição e simulação do sistema
- Definição de alternativas (cursos de ação)
- Avaliação das alternativas
- Seleção das alternativas
- Implementação
Bibliografia:
SABOYA, Renato. O surgimento do planejamento urbano. Disponível em: < http://urbanidades.arq.br/2008/03/o-surgimento-do-planejamento-urbano/?goback=%2Egde_4552521_member_140288794 >. Acesso: 14/05/13.
SABOYA, Renato. Definição de Planejamento Urbano por Yehezkel Dror. Disponível em: < http://urbanidades.arq.br/2011/02/definicao-de-planejamento-urbano-por-yehezkel-dror/ >. Acesso: 14/05/13.
O que é Planejamento Urbano? Disponível em: < http://santacruz.rs.gov.br/geo/geo/plan.htm >. Acesso: 14/05/13.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/arquitetura/planejamento-urbano/