Complexo de Golgi

Bacharel em Ciências Biológicas (UNITAU, 2012)
Pós-graduação Lato Sensu em Perícia Criminal (Grupo Educacional Verbo Jurídico, 2014)

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O complexo de Golgi, também conhecido como aparelho de Golgi, se trata de uma organela membranosa que surgiu, muito provavelmente e em última instância, à partir de invaginações da membrana plasmática. Isso se dá pelo fato da origem da organela ser relacionada à ou diretamente da membrana ou por elementos destacados do retículo endoplasmático que, por sua vez, se originou por invaginações da membrana.

A estrutura recebe esse nome devido ao indivíduo que o descreveu pela primeira vez, o biólogo Camilo Golgi. Sob o aspecto da estrutura do aparelho de Golgi, se diz complexo pelo fato dele ser uma rede de vesículas e sacos interligados que se organizam a fim de desempenhar uma função associada ao retículo endoplasmático. Essa organela possui a localização e o tamanho variados, entretanto, sua posição, geralmente, está associada às proximidades do núcleo e do retículo endoplasmático. Já com relação ao tamanho, embora variável, a organela se apresenta bastante desenvolvida em células secretoras.

Estrutura

Estruturas do Complexo de Golgi. Ilustração: Tefi / Shutterstock.com

Estruturas do Complexo de Golgi. Ilustração: Tefi / Shutterstock.com 

Assim como o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi é formado por membranas que se dobram sobre si formando sacos membranosos achatados e empilhados. Cada um desses sacos é denominado cisterna e, associadas a elas, existem vesículas que são, geralmente, relacionadas ao transporte de moléculas.

Além de se empilharem umas sobre as outras, as cisternas se mostram, frequentemente, com determinada curvatura. Dessa forma, essa certa angulação de sua disposição acaba por formar uma face côncava e uma convexa. Cada uma dessas faces recebe um nome específico: a convexa é conhecida como face cis e a côncava como face trans. Nesse sentido, existe uma rede de estruturas tubulares que se associam a essas faces, elas são a rede cis e a rede trans do aparelho de Golgi.

Com relação ao conteúdo das cisternas, ele também se trata de algo bastante variável de acordo com o tipo e função da célula em questão. O que é possível afirmar é que esse conteúdo possui uma variedade de enzimas e de moléculas relacionadas ao produto final, um exemplo claro disso é o fato do conteúdo dessas cisternas ser composto, basicamente, de glicoproteínas e enzimas relacionadas às reações delas.

Função

É notável que o aparelho golgiense possui uma relação bastante íntima com o retículo endoplasmático. Com relação as suas funções isso não é diferente. As organelas funcionam conjuntamente, sendo que o complexo de Golgi é análogo a uma central de processamento e distribuição da célula.

As proteínas são produzidas nos ribossomos associados à membrana do retículo e então são transferidas para o retículo endoplasmático rugoso. Lá ocorrem modificações e o transporte dessas proteínas e, após isso, elas podem ser transportadas para o complexo de Golgi. Nessa organela essas moléculas recém chegadas podem ser processadas e distribuídas pela a célula. Assim, esse processamento se baseia na possibilidade de ocorrerem modificações nas proteínas para que, então, possa ocorrer o seu transporte.

Além da modificação e distribuição de moléculas, o complexo de Golgi também pode exercer outras funções. Uma delas se refere à armazenar proteínas. Veja bem, muitas vezes as proteínas são produzidas, mas não há a necessidade de utilizá-las ou secretá-las de imediato. Sob esse aspecto é que o aparelho golgiense desempenha outra função na célula, isto é, quando essas proteínas são produzidas para posterior utilização, elas ficam armazenadas no complexo de Golgi.

Outra atividade em que o aparelho de Golgi exerce papel importante é na produção de outras estruturas da célula, como o acrossomo do espermatozoide e a lamela média das células vegetais, entre outros. Isso acontece pelo fato das vesículas que contêm material enzimático especifico destacarem-se da organela original e se transformarem em organelas distintas, um exemplo disso é o que ocorre nas vesículas com enzimas digestivas que viram os lisossomos.

Enfim, o complexo de Golgi é uma organela composta por sacos membranosos empilhados, denominados cisternas, e suas vesículas associadas que possuem em seu interior enzimas e “matéria prima” para o produto final. Dessa forma, sua função está relacionada com o processamento, armazenamento e distribuição de moléculas e também com a formação de outras organelas.

Bibliografia:
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.
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Guyton, A.C. & Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 1115 páginas. 2006.

Lopes, S. Bio – Volume Único. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 606 páginas. 2004.

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