Como o próprio nome diz, as energias renováveis são aquelas geradas a partir de recursos naturais que podem ser restabelecidos pela natureza, tais como água, luz solar e o vento. As principais fontes utilizadas são:
- Energia hidrelétrica: energia proveniente do aproveitamento do potencial hidráulico existente num rio, utilizando desníveis naturais como quedas de água, ou artificiais, produzidos pelo desvio do curso original do rio (CAMARGO, UGAYA e AGUDELO, 2004).
- Energia eólica: geração de energia elétrica a partir da força dos ventos através de sistema de turbinas eólicas;
- Energia solar: geração de energia elétrica ou térmica através da captação da luz do sol em painéis fotovoltaicos;
- Biomassa: produção de combustível ou energia elétrica a partir de matéria orgânica de origem animal e vegetal.
As principais vantagens das energias renováveis são a renovação constante e natural da fonte, em contraste com as fontes de energia não renováveis, que tendem ao esgotamento, e a não emissão de gases do efeito estufa, contribuindo para evitar o aquecimento global, provenientes da queima de combustíveis fósseis.
Essas fontes também apresentam desvantagens, tais como:
- São irregulares, sujeitas à imprevisibilidade da natureza. Considerando a necessidade de uma fonte permanente de energia confiável para a produção de energia elétrica, por exemplo, as fontes renováveis muitas vezes requerem sistemas de suporte de armazenamento, como barragens das hidrelétricas, ou sistemas de apoio com base em energias não renováveis, como as termoelétricas.
- Impacto visual sobre a paisagem. Ex: turbinas eólicas e placas solares.
- Impacto ambiental para implantação das unidades geradoras: grandes usinas hidrelétricas, por exemplo, acarretam em imenso impacto ambiental e social com inundação de grandes áreas. Outro exemplo é a produção de biocombustível, que requer grandes áreas para cultivo da massa vegetal necessária.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a matriz energética brasileira é composta por 42,5% de energias renováveis, sendo uma das mais limpas do mundo. Se considerada apenas a geração de energia elétrica, o uso de fontes renováveis chega a 84%. Em dez anos, esse tipo de energia cresceu 30%, passando de 2,8% da oferta de energia interna em 2004 para 4,1% em 2014. As hidrelétricas fazem parte da maior parte da energia elétrica gerada no país. Porém, conforme explica Altino Ventura, secretário do Ministério de Minas e Energia, “a partir dos anos 1970 até o ano 2000, o Brasil priorizou muito a hidreletricidade. Já temos uma indicação nos próximos 30 anos de que esgotaremos esse potencial. Então é importante que o Brasil desenvolva novas fontes para a produção de energia elétrica dentro da política de diversificar a matriz, o que temos feito nos últimos 15 anos”.
Por este motivo, a política de diversificação da matriz energética brasileira é uma das prioridades do Ministério de Minas e Energia e demanda investimentos em fontes alternativas de energias renováveis. Uma das principais alternativas encontradas é a energia eólica, que expandiu 62% sua geração somente no ano de 2015, chegando a mais de 12 terawatts por hora de energia gerada. Hoje, a geração eólica é responsável por 8,3% da oferta de energia no país, tendo como maior produtor a região nordeste.
Ainda em expansão, a energia solar vem conquistando seu espaço. Estima-se que até 2024, 700 mil consumidores residenciais e comerciais deverão ter instalados em seus telhados painéis fotovoltaicos, e que até 2050, 13% da energia consumida pelas residências será proveniente de painéis solares. No campo, a geração de energia a partir de biomassa é pioneira através do uso da cana-de-açúcar como fonte de energia. Os derivados da cana, como o etanol e o bagaço, representam a segunda fonte de energia do país, atrás apenas dos derivados de petróleo.
Referências bibliográficas:
CAMARGO, Arilde Sutil G. de; UGAYA, Cassia Maria Lie; AGUDELO, Libia Patrícia Peralta. Proposta de definição de indicadores de sustentabilidade para geração de energia elétrica. Revista Educação & Tecnologia, Rio de Janeiro: CEFET PR/MG/RJ, 2004.
GUIMARÃES, Gabriel. Quais as vantagens e desvantagens das energias renováveis? 2015. Disponível em: http://www.solarvoltenergia.com.br/quais-as-vantagens-e-desvantagens-das-energias-renovaveis/.
PACHECO, Fabiana. Energias Renováveis: breves conceitos. Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.149, p.4-11, Outubro/2006
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/desenvolvimento-sustentavel/fontes-renovaveis-de-energia/