Embrião

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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O embrião é uma estrutura originária da fertilização de um óvulo (gameta feminino) por um espermatozóide (gameta masculino). Logo após a fertilização, a estrutura gerada passa a ser chamada de zigoto, em seguida, começa a dividir-se em várias células, iniciando o desenvolvimento de vários órgãos e tecidos, recebendo então o nome de embrião até o final da 8° semana após a fertilização.

Mórula

Segmentação (clique para ampliar)

O processo que ocorre após a formação do zigoto é denominado de clivagem, que tem início cerca de 30 horas após a fertilização, sendo formados os blastômeros. Após 45 horas de ocorrida a fertilização, atinge-se o estágio de quatro blastômeros, cerca de três dias após é atingido o estágio de 12 a 16 blastômeros, passando a receber o nome de mórula (massa compacta de células).

Durante a clivagem, esta estrutura desce pela tuba uterina até chegar ao útero, evento que acontece nesta última fase. Após atingir o útero, a mórula começa a receber fluidos uterinos, cerca de quatro dias após, começando a surgir também pequenos espaços cheios de líquidos. Começa a haver um rearranjo das células, formando um aglomerado em forma de botão e, no interior, será formada uma cavidade cheia de líquido.

Esta é a fase do blastocisto, onde as células periféricas irão formar o trofoblasto, o botão polar forma o embrioblasto, enquanto a cavidade repleta de líquido forma a blastocele. O trofoblasto contribuirá para a formação de parte da placenta e o embrioblasto irá originar o embrião. Entre o quinto e o sexto dia, o blastocisto estabelece contato com o epitélio endometrial e, ao final da primeira semana, há a implantação superficial deste no endométrio uterino. A implantação sempre é iniciada pelo pólo embrionário.

Ao final da primeira semana, o embrioblasto apresenta-se organizado em duas lâminas celulares justapostas. A que está voltada para o trofoblasto está constituída por células colunares e forma o epiblasto; a outra, voltada para a cavidade do blastocisto, formada por células cubóides, formão o hipoblasto. Acredita-se que o epiblasto embrionário contém todas as células que darão origem ao embrião.

Ao final da segunda semana o sistema circulatório da mãe passa a envolver o embrião, conectando-se com veias que o embrião forma para desenvolver a placenta. No décimo dia, o concepto está completamente implantado no endométrio uterino e está conectado ao saco vitelínico. Este, por sua vez, auxilia o envio de nutrientes ao embrião e também ajuda no desenvolvimento de veias sanguíneas.

Na terceira semana começa o processo de gastrulação, onde há a formação da mesoderme intra-embrionária, do tubo neural e também a formação cardiovascular do embrião.

A partir da quarta semana há o estabelecimento da forma do embrião. O coração forma uma saliência no tórax, começando o bombeamento sanguíneo; a cabeça do embrião passa a ter um tamanho muito grande em relação ao resto do corpo; ainda há a presença de uma pequena cauda; já podem ser observados pequenos braços, as pernas começam a se tornar visíveis no final desta semana, quando já podem ser identificados os olhos e as orelhas.

Durante a quinta semana, as alterações no embrião em desenvolvimento são bem menores. Como o cérebro cresce muito rápido, a cabeça continua aumentando; os braços possuem formato em pás e as pernas, de nadadeiras.

Entre a quinta e oitava semana, o embrião começa a adquirir sua forma final, onde há o desenvolvimento dos braços, cotovelos, joelhos, o nariz já pode ser distinguido e o embrião possui aproximadamente 2,5 centímetros. Já no início da nona semana, o concepto passa a ser chamado de feto, se desenvolvendo até o dia do nascimento.

Leia também:

Fontes:
http://www.saudeinformacoes.com.br/medidores_gravidez.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embrião
https://web.archive.org/web/20110903145329/http://www.floresti.com.br:80/site/?cat=19

Arquivado em: Embriologia
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