As ondas eletromagnéticas estão distribuídas num espectro eletromagnético em ordem crescente à sua frequência, o que equivale a dizer em ordem decrescente quanto ao seu comprimento de onda.
A luz visível ocupa uma faixa de frequências que vai de 4,3x1014Hz para a luz vermelha até 7,5x1014Hz para a luz azul. Abaixo desta faixa, considera-se infravermelho, ou seja, abaixo do vermelho. Acima desta faixa, considera-se ultra-violeta, ou seja, além do violeta.
Esta faixa de frequências da radiação foi descoberta meio que acidentalmente por Herschel por volta do ano de 1800, enquanto tentava medir as temperaturas das cores da luz visível. Ele obteve temperaturas mais altas para as faixas de frequências abaixo do vermelho. Esta faixa de frequências, após uma série de estudos, envolvendo medidas e análises, acabou por ser considerada aquela compreendida desde 0,7μm a 1000μm ou seja, de 7x10-7m a 1x10-3m, conforme NETTO, Luiz Ferraz.
A principal característica das ondas eletromagnéticas desta faixa de freqüências é a transmissão do calor. Tais comprimentos de onda têm capacidade de exercer interações com os objetos, tal como se fossem corpos negros. Claro, não corpos negros para a luz visível, mas sim “negros” para esta faixa de frequências. Ou seja, estes corpos absorvem quase que completamente a radiação incidente, de modo que a reflexão deste tipo de onda é baixa.
A maioria dos corpos emite radiação em baixas freqüências, em forma de calor. Somente a zero kelvin, ou seja, no zero absoluto os corpos não emitem radiação, mas tal configuração é praticamente impossível de se observar experimentalmente, pois é uma temperatura termodinamicamente impossível de ser atingida.
Os seres vivos percebem tais radiações devido a serem dotados de células com terminações nervosas termorreceptoras, na superfície do seu corpo.
Graças a esta emissão de ondas de infravermelho pelos corpos em geral, é possível a formação de imagens noturnas, pois cada corpo tem um espectro de emissão de radiação diferente. Assim, a imagem pode ser construída com um sistema detector, sensível a este tipo de radiação.
Tais frequências também são utilizadas como veículo para troca de informações entre celulares, computadores entre outros.
Referências bibliográficas:
EISBERG, Robert RESNICK, Robert. Física Quântica – Átomos, Moléculas, Sólidos,
Núcleos e Partículas. Tradução de Paulo Costa Ribeiro, Ênio Costa da Silveira e Marta Feijó Barroso. Rio de Janeiro: Campus, 1979.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiação_infravermelha
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisica/raios-infravermelhos/