O Colonialismo da Inglaterra se deu numa segunda onda de expansão dos países europeus, aplicou-se especialmente sobre a África e a Ásia.
A primeira onda de colonização aconteceu juntamente com o advento das grandes navegações. Nesta ocasião, Portugal e Espanha foram os pioneiros e principais países a desbravar territórios além do continente europeu, o que os rendeu certa supremacia no mundo durante algum tempo. Os dois países chegaram a dividir o mundo através do Tratado de Tordesilhas que determinava que as terras descobertas a Leste da linha imaginária seriam de Portugal e as terras a Oeste da mesma linha seriam da Espanha.
A Inglaterra, ao contrário de Portugal e Espanha, investiu suas riquezas acumuladas através do Mercantilismo em passos iniciais de industrialização. Logo o país alteraria a lógica de comércio e de organização econômica de sua sociedade, fazendo o capitalismo florescer de vez. As primitivas indústrias inglesas evoluíram e a produção aumentou, gerando mais lucro para o país. O novo momento demandava a conquista de mais mercados consumidores e mais fornecimento de matérias-primas para sustentar seus produtos industrializados.
O Colonialismo da Inglaterra se encaixou exatamente nesse segundo momento, o qual também é chamado de Imperialismo. O colonialismo dessa nova fase era diferenciado daquele inicial dominado por Portugal e Espanha. Esses dois países, por sinal, já haviam perdido o posto de liderança mundial em função do grande crescimento econômico da Inglaterra através de seus produtos industrializados.
A Inglaterra se tornou o país líder na nova onda de colonização. O interesse da vez era de conquistar áreas de influência no mundo, nas quais os produtos ingleses pudessem ser consumidos e dominar regiões que pudessem fornecer matérias-primas necessárias para sustentar as indústrias. Após a Inglaterra, vieram França, Bélgica e Holanda que investiram em suas indústrias e partiram em buscas da colonização de territórios fora do continente europeu.
A corrida das potências capitalistas emergentes, ao longo do século XIX e início do XX, ocasionou a partilha do continente africano e asiático. Os países que ampliavam suas economias com base em suas indústrias procuravam garantir suas áreas de influência. Desta forma, era comum que acontecesse a aplicação da cultura dos colonizadores nas respectivas regiões colonizadas, o que espalhou pelo mundo o modo capitalista e europeu de se pensar e conduzir a vida.
A Inglaterra conquistou diversas regiões na África e na Ásia, sendo que uma das presenças mais marcante dos ingleses se deu na Índia. Durante muito tempo a Inglaterra manteve sua influência sobre este país, que decidiu reagir ao colonialismo sem o uso da violência. Ghandi foi o grande líder da revolução pacífica na Índia, organizando a população para resistir contra os ingleses sem levantar o braço ou disparar um tiro.
Outra importante marca do Colonialismo da Inglaterra se deu na África do Sul. Neste país os ingleses estabeleceram sua influência por muito tempo, gerando uma sociedade desigual e excludente. Os negros foram separados dos brancos, não era permitido que convivessem nos mesmos lugares ou se relacionassem. Após muitos anos, Nelson Mandela liderou o movimento que acabou com o Apartheid, como era conhecido tal regime, e conquistou a independência da África do Sul.
O Colonialismo da Inglaterra entrou em choque ainda com os novos países que entraram na corrida colonialista na África e na Ásia, caso de Alemanha, Itália e Estados Unidos. O choque de interesses pelo domínio das áreas de influência no mundo gerou grande estabilidade entre as potências capitalistas a partir do final do século XIX. O relacionamento hostil que pairou acarretou na Primeira Grande Guerra Mundial que teve início em 1914.
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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/colonialismo-da-inglaterra/