Machado de Assis

Ensino Superior em Comunicação (Universidade Metodista de São Paulo, 2010)

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Joaquim Maria Machado de Assis foi um renomado escritor brasileiro. Autor de vasto legado que inclui romances, contos, poesias, peças de teatro, críticas, crônicas e correspondências.

Nasceu no dia 21 de junho de 1839, no morro do Livramento no Rio de Janeiro. De origem humilde, durante a infância vendeu doces para ajudar a família.

As dificuldades fizeram com que frequentasse a escola pública durante pouco tempo e não chegasse a cursar universidade.

Machado de Assis, 1890. Foto: Marc Ferrez.

Apesar disso, na adolescência já demonstrava habilidades intelectuais notáveis e procurava ascender socialmente. Passou a frequentar a tipografia e livraria de Francisco de Paula Brito, local que acolhia novos talentos e era responsável pela revista “Marmota Fluminense”.

Em contato direto com o meio literário, o jovem teve seu poema “Ela” publicado em 1855 na revista.

No ano seguinte, iniciou na Tipografia Nacional como aprendiz de tipógrafo e conheceu o escritor Manuel Antônio de Almeida, de quem se tornou amigo. Trabalhou no local até 1858 e nesse ano retornou para a livraria de Francisco de Paula Brito, tornando-se revisor.

Machado era assíduo frequentador do circuito boêmio carioca e estreitava laços com facilidade junto aos intelectuais da época. Demonstrando seus talentos nessas rodas, conquistou a oportunidade de colaborar para alguns jornais e revistas como “Gazeta de Notícias”, “Revista Ilustrada” e “Jornal do Comércio”.

Em 1864 publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado "Crisálidas".

Em 1867 tornou-se funcionário público e por indicação do jornalista e político Quintino Bocaiuva, foi nomeado redator do Diário Oficial e posteriormente promovido a assistente de diretor.

Em 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais. O autor era epilético e a esposa tornou-se sua enfermeira, além de revisora de seus textos. Em 1872 publicou seu primeiro romance, "Ressurreição".

A carreira pública de Machado de Assis foi promissora, em 1873 foi nomeado primeiro oficial da Secretaria da Agricultura e três meses depois assumiu a chefia de uma seção. Além disso, recebeu do Imperador o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa por serviços prestados às letras nacionais.

Em 1881, publicou a obra que foi considerada o marco inicial do Realismo no Brasil, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.

Seus contos e romances anteriores a esse livro tiveram influências românticas, já as obras posteriores trouxeram enredos permeados de ironia para desmascarar a hipocrisia e as convenções sociais.

Em 1896 foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e ocupou a cadeira de número 23, sendo eleito presidente por unanimidade na primeira reunião. Em sua homenagem, a Academia é chamada de "Casa de Machado de Assis".

Em outubro de 1904 sua esposa falece e em homenagem a ela, Machado dedicou o soneto “Carolina”. Após essa perda, raramente saía de casa.

O escritor faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908 e foi sepultado no cemitério de sua cidade natal, São João Batista. Representando a Academia Brasileira de Letras, o jurista Rui Barbosa fez um discurso em sua homenagem.

Suas obras são republicadas em vários idiomas e alguns textos foram adaptados para cinema e televisão.

Algumas obras:

  • Desencanto, 1861
  • Queda que as mulheres têm pelos Tolos, 1861
  • Quase Ministro, 1864
  • Crisálidas, 1864
  • Os Deuses de Casaca, 1866
  • Contos Fluminenses, 1870
  • Falenas, 1870
  • Ressurreição, 1872
  • História da Meia Noite, 1873
  • A Mão e a Luva, 1874
  • Americanas, 1875
  • Helena, 1876
  • Iaiá Garcia, 1878
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881
  • Tu, Só Tu, Puro Amor, 1881
  • Papéis Avulsos, 1882
  • O Alienista, 1882
  • Histórias Sem Data, 1884
  • Páginas Recolhidas, 1889
  • Quincas Borba, 1891
  • Várias Histórias, 1896
  • Dom Casmurro, 1899
  • Poesias Completas, 1901
  • Esaú e Jacó, 1904
  • Relíquias da Casa Velha, 1906
  • Memorial de Aires, 1908

Exercícios e questões de vestibulares

Questão 01: (UDESC 2015/2)

“A descoberta avivou o espírito do passado. D. Paula forcejou por sacudir fora essas memórias importunas; elas, porém, voltavam, ou de manso ou de assalto, como raparigas que eram, cantando, rindo, fazendo o diabo. D. Paula tornou aos seus bailes de outro tempo, às suas eternas valsas que faziam pasmar a toda a gente, às mazurcas, que ela metia à cara da sobrinha como sendo a mais graciosa coisa do mundo, e aos teatros, e às cartas, e vagamente, aos beijos; mas tudo isso – e esta é a situação – tudo isso era como as frias crônicas, esqueleto da história, sem a alma da história.”

ASSIS, Machado de. D. Paula. Várias histórias. 3. ed. São Paulo: Martins Claret, 2013, p. 128.

Em relação à citação acima, assinale a alternativa correta.

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Questões sobre Machado de Assis e suas obras - Exercícios
Arquivado em: Biografias, Escritores
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