Dionísio

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Deus grego, Dionísio, identificado a Baco, divindade romana, era filho de Zeus e da princesa tebana Semele, filha de Cadmo. Ele foi o único ser divino gerado por uma mortal. Ela foi seduzida por Zeus, que se disfarçou de homem. Hera, irmã e esposa do Deus de todos os deuses, possuída pelo ciúme, armou uma cilada para a mãe de Dionísio. Fazendo-se passar pela ama de leite da princesa, ela a convenceu a pedir uma prova a Zeus de quem ele realmente era, ou, segundo outra versão, requerer-lhe que se apresentasse diante dela com suas vestes mais brilhantes.

Zeus foi obrigado a cumprir a promessa feita à amada, mesmo consciente do que aconteceria, porque havia jurado pelo Estige, o rio da imortalidade, voto este que nem mesmo uma divindade poderia romper. Como ele esperava, Semele transformou-se em pó, pois não suportou seu brilho. Tudo que ele pode fazer foi salvar seu filho, retirando-o do ventre materno e gerando-o em sua própria coxa, até seu nascimento.

Após a concepção, a criança foi entregue à tia, que o educou com o auxílio das dríades, das horas e das ninfas. Algumas lendas também mencionam a possibilidade de Dionísio ser filho de Perséfone, a soberana dos Infernos. Ao crescer, o deus foi enlouquecido por Hera, inconformada com a traição de seu marido. Ele passou então a circular por todos os recantos do Planeta. Ao encontrar a deusa Cibele, na Frígia, ela lhe concedeu a cura e o formou dentro das cerimônias religiosas que ela cultivava.

Foi então que ele se tornou o deus do vinho e da vegetação, quando Sileno lhe transmitiu a arte de produzir o vinho, de semear a vinha, cortar os galhos e colher as uvas. Desta forma, ele assumiu o papel de revelar aos mortais os segredos do cultivo da videira. Assim, é sempre concebido como um jovem sem barba, alegre, embriagado pelo vinho que transborda do copo que ele segura, loiro, com os cabelos se derramando pelos ombros, nas mãos um cacho de uvas ou uma taça, na outra uma pequena lança adornada com folhas e fitas. Seu corpo é geralmente coberto por um tecido de pele leonina, pois nos mitos romanos ele se transforma em Baco, que se metamorfoseia em um leão, com a missão de derrotar e se alimentar dos gigantes que tentavam atingir o céu.

Também é possível encontrar a imagem de Dionísio assentado sobre uma vasilha, com um copo na mão, o qual verte vinho embriagante, o que justifica seu andar vacilante. Os gregos ofereciam a ele bodes, coelhos e pássaros corvídeos. Este deus era também considerado um guerreiro, sempre vencendo os adversários, principalmente se livrando das armadilhas de sua rival maior, Hera.

Sua fama como deus do vinho e do prazer rendeu-lhe vários festivais teatrais em sua honra. Ele é sempre conectado também com atividades prazerosas, como o erotismo e as orgias. Segundo as lendas, ele era muito simpático com quem lhe rendia culto, mas podia proporcionar loucura e ruína para os que menosprezavam os festins devassos a ele ofertados, conhecidos como bacanais. Consta igualmente que ele sempre se recolhia na morte durante o inverno e voltava a nascer na primavera.

Arquivado em: Mitologia Grega
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