Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

Graduação em Letras Português e Inglês (Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2010)

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Libras é a abreviação da ngua Brasileira de Sinais e é uma linguagem gestual usada pelos surdos brasileiros utilizando gestos e sinais em substituição à língua oral.

Usada pela comunidade de surdos, a língua de sinais foi reconhecida em 2002, portanto, é uma língua oficial. Em 2005, a língua brasileira de sinais foi regulamentada como disciplina curricular e, em 2007, a profissão de Intérprete / Tradutor foi oficializada.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a língua de sinais não é universal, cada país tem a sua. A língua de sinais teve sua origem na França, na segunda metade do século XVIII. O francês Charles-Michel de L´Epée foi o primeiro a reconhecer nos surdos a capacidade deles em comunicarem-se com o sistema viso-espacial. Isso foi compreendido por ele nos surdos que viviam nas ruas de Paris e por meio dessa percepção, ele criou sinais metódicos que foi uma combinação da língua de sinais francesa com a gramática do Francês oral mais o alfabeto digital.

Ele desenvolveu um sistema de sinais para alfabetizar crianças surdas que serviu de base para o método usado até hoje. Ele fundou, também, a primeira escola para surdos, chamada de Instituto Nacional para Surdos-Mudos de Paris, ensinando o alfabeto para seus alunos com gestos manuais, ele acreditava que o método mais fácil de ensinar o francês aos surdos seria através da língua de sinais deles. Os alunos que tiverem conhecimento do método de Charles-Michel alcançaram avanços consideráveis e eram capazes de usar adequadamente a língua escrita e traduzirem sem dificuldades. Muitos surdos da época foram beneficiados por esse método, em posições de destaque na sociedade.

Com o passar do tempo, o método de L´Epée foi sendo aperfeiçoado em diversos países que adotaram o ensino e essa globalização do sistema foi facilitada pelo fato de os sinais, também, representarem conceitos como tristeza, fome, sono; permitindo a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades.

Para os surdos, os campos visuais e espaciais são imprescindíveis, já que as expressões faciais e os movimentos gestuais são perceptíveis pela visão. A partir disso, notamos que a Libras é a combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo onde esses sinais são feitos. Sendo assim, o mesmo gesto feito na mão, porém em um lugar diferente do corpo ou no espaço, pode ter outro sentido, pode ter outro significado. Além disso, assim como no Brasil, a língua oral pode ter significados diferentes para a mesma palavra em regiões diferentes do Brasil, em Libras também acontece isso, os regionalismos. Sendo assim, saber apenas os sinais não basta, é necessário saber sua gramática, para fazer a combinação das frases e estabelecer uma comunicação efetiva.

Algumas considerações que devem ser feitas ao falarmos de Libras:

  • LIBRAS não é gesto e sim uma língua, como a gramática;
  • O temo surdo-mudo não é mais usado, já que com o avanço dos estudos na área, muitas pessoas surdas podem falar se elas forem submetidas às técnicas específicas para oralização.

Referência Bibliográfica:

https://eaulas.usp.br/portal/video.action;jsessionid=1592374516D91060EFDF1B5FC0BBA24A?idItem=6088

http://www.libras.com.br/o-que-e-libras

https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/metodologia-do-ensino-de-libras

Arquivado em: Comunicação
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