Cinesioterapia

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

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A cinesioterapia consiste em um grande número de técnicas onde se busca a reabilitação através do exercício terapêutico, treinando de forma planejada e sistêmica os movimentos corporais e posturas. A reabilitação consiste no tratamento e prevenção de possíveis comprometimentos, melhorar a função física, potencializar o movimento, diminuir os possíveis riscos à saúde, melhorar a condição de saúde geral e bem-estar.

A cinesioterapia pode ser aplicada em indivíduos com limitações funcionais previamente diagnosticadas ou mesmo para prevenir ou potencializar o movimento corporal de maneira especifica ou global. Através dela, podem ser buscados aspectos específicos como equilíbrio, preparo cardiopulmonar, coordenação, flexibilidade, mobilidade, desempenho muscular, controle neuromuscular, controle postural, estabilização e melhora da ADM. Porém, em casos mais específicos, também podem ser trabalhados o condicionamento e recondicionamento aeróbico e de endurance, treinamento de valências como equilíbrio, coordenação, agilidade, força, explosão, treinamento mecânico corporal e percepção postural, alongamento, melhora da amplitude de movimento, treinamento da marcha e padrões de movimento.

Porém, as valências de funcionalidade devem ser treinadas especificamente, uma vez que esse treinamento possa estar ligado não somente à reabilitação de alguma lesão prévia, mas também no desenvolvimento de sua especificidade, podendo estar relacionada apenas ao gesto funcional ou também associado à gesto esportivo ou laboral. As valências funcionais necessárias ao movimento humano livre de lesões ou compensações incluem: equilíbrio, coordenação, preparo cardiopulmonar, flexibilidade, mobilidade, desempenho muscular, controle neuromuscular, controle postural e estabilidade.

A partir dessas valências, inicia-se o tratamento através de exercícios terapêuticos, divididos em passivos (movimento produzido por força externa quando há pouca ou nenhuma contração muscular), ativos (movimento produzido a partir de contração muscular) ou ativo assistido (movimento produzido com contração muscular mais a assistência manual ou mecânica). Após o diagnóstico prévio e o exame clínico realizados, inicia-se o trabalho partindo dos objetivos e da melhora funcional que pode ser proporcionada ao paciente, onde o fisioterapeuta selecionará as melhores técnicas para o processo de reabilitação.

Dentre as técnicas, podemos destacar o alongamento assistido, facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP/Kabat), fisioterapia na reabilitação vestibular, Mckenzie, Williams, Bobath, Klapp, Meziéres, RPG (Souchard), Isostreching, Pilates, GDS, entre outras muitas técnicas. As técnicas de mobilização e manipulação, como Maitland, Mulligan, Soulier, Osteopatia, entre outras também se incluem dentro da cinesioterapia. Muitos recursos terapêuticos manuais ou técnicas de alongamentos, reposicionamento, mobilizações, trações, massagens, fortalecimentos e demais técnicas podem ser consideradas como recursos cinesioterapêuticos.

Conforme o paciente acaba progredindo, as técnicas acabam aumentando o grau de complexidade durante a execução, preparando-o assim para voltar à funcionalidade normal ou adaptada o mais rápido possível. A cinesioterapia sempre foi muito utilizada devido à grande eficácia que apresenta, mostrando que a funcionalidade pode ser alcançada, mesmo que esta seja adaptada à nova condição do indivíduo, ou mesmo após recuperar a estrutura que antes apresentava alterações. Quanto aos acessórios, podem ser usados os mais diversificados possíveis, desde faixas elásticas, bolas, halteres, anilhas, barras, caneleiras, entre outros, desde que todos tenham uma aplicabilidade condizente com a reabilitação e voltada ao movimento correto da estrutura a ser trabalhada.

Bibliografia:

HALL, C.M.; BRODY, L.T. Exercício Terapêutico: na busca da função. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

KISNER, C.; COLBY, L.A. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5ª ed. Barueri-SP: Manole, 2009.

Arquivado em: Educação Física
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