Cinco forças de Porter

Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Universidade Nove de Julho, 2008)
MBA em Gestão Empresarial (Universidade Nove de Julho, 2010)

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Nascido em Michigan, Estados Unidos, Michael Eugene Porter, atualmente professor da Harvard Business School e diretor do Ranking de Competitividade das Nações do Fórum Econômico Mundial, é considerado uma autoridade em estratégia competitiva e um dos maiores economistas de todos os tempos, além de desempenhar um papel de grande relevância para a política econômica mundial e atuar como consultor em diversas multinacionais.

Graças a seus estudos e contribuições no desenvolvimento de teorias, modelos e conceitos estratégicos que ajudaram a resolver inúmeros problemas corporativos, econômicos e sociais, houve uma evolução considerável na maneira como os negócios são gerenciados na atualidade.

O modelo das cinco forças de Porter ou influências que afetam a competitividade, um de seus trabalhos mais ilustres, representam, essencialmente, um conceito de análise circunstancial de negócios por meio do qual uma empresa pode maximizar seus resultados e ultrapassar a concorrência, independentemente de sua atividade.

A ideia é estabelecer uma reflexão estratégica sistemática visando mensurar a rentabilidade ou o grau de atratividade de um setor específico, com a finalidade de avaliar a projeção econômica das empresas ou unidades de negócio operantes naquele segmento.

O ambiente competitivo em que a maioria das empresas estão inseridas é caracterizado pela forte concorrência resultante das transformações promovidas por novas tecnologias, novos produtos, novos competidores no mercado, etc. Nesse contexto, a estratégia empresarial representa uma forma de se pensar a longo prazo, integrando o processo decisório e os processos produtivos.

A lógica elementar impõe que não há como sobreviver no mundo dos negócios sem um planejamento cuidadosamente elaborado, o que faz que o desenvolvimento de uma estratégia eficaz seja não somente um mecanismo de sobrevivência, mas um meio de sobressair entre os concorrentes.

Assim, quando se analisa a condição de uma empresa no momento da elaboração de uma estratégia, normalmente o que vem à tona é a concorrência, ou seja, todos aqueles que oferecem produtos, bens ou serviços iguais ou similares aos produzidos pela organização. Eis a primeira força: a existência de outras empresas no mercado oferecendo praticamente o mesmo.

A segunda força está relacionada com o surgimento de novos concorrentes. Isso pode facultar, no entanto, uma perspectiva de avaliação da rentabilidade dos produtos com que a organização trabalha em relação ao que acaba de aparecer no mercado. Além disso, se apresenta uma oportunidade de observar o grau de atratividade dos produtos para os clientes, se estes pretendem conservar sua lealdade mesmo diante de outras possibilidades.

A terceira força está relacionada com a ameaça de produtos substitutivos, o que eventualmente pode significar a limitação de retorno do mercado porque a diversidade de opções acaba contribuindo, entre outros efeitos, com o estabelecimento de um valor máximo para os preços praticados.

A quarta força é representada pelo poder de negociação dos fornecedores. Em mercados extremamente competitivos, a concentração de fornecedores, o impacto do custo total de um produto e/ou suas caraterísticas específicas representam alguns dos principais fatores que determinam a lucratividade da organização, pois um fornecedor influente pode negociar preços, prazos e formas de pagamento, forçando a empresa a se resignar ante suas imposições.

Por último, nos deparamos com o poder de negociação dos consumidores. Corresponde ao ponto de vista do cliente e à influência que este pode exercer para obter vantagens e melhores preços. Obrigando que os preços baixem e ao mesmo tempo exigindo melhor qualidade e melhores serviços, por exemplo, o que pode causar um alto impacto sobre os custos de produção, influenciam a rentabilidade do setor e tornam a disputa por sua atenção ainda mais acirrada.

Apesar de algumas limitações, sobretudo em razão de oferecer panoramas do aspecto econômico em determinados momentos, ou seja representar quadros estáticos da lucratividade de um setor em contraste com a peculiar agitação dos mercados, muitos autores reconhecem a validade da abordagem oferecida pelo modelo das cinco forças de Porter.

Referência bibliográfica:

PORTER, MICHAEL EUGENE. Las cinco fuerzas competitivas que le dan forma a la estratégia. Harvard Business Review América Latina. Enero 2008.

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