A astrofísica é um ramo da astronomia que fala sobre a física que rege o Universo. Enquanto a astronomia lida com os objetos celestes e suas características, a astrofísica trata das questões físicas e também químicas de tais objetos.
A astrofísica se desenvolve por meios diversos. Astrofísicos utilizam telescópios, radiotelescópios, sondas, sensores diversos além da utilização de imagens e análise de luz de estrelas e galáxias. As grandes agências ao redor do mundo como a NASA e a ESA publicam trabalhos feitos graças a esses recursos.
É necessário, também, que haja a distinção da astrofísica com a cosmologia. A cosmologia aborda a estrutura geral do universo, suas leis, origens e desenvolvimento.
Aspectos da astrofísica durante a História da Ciência
A astrofísica já era pensada desde os primeiros filósofos da Antiguidade clássica. Tales de Mileto falou sobre o eclipse solar e foi um dos primeiros a afirmar que a Lua era um corpo sem luz e iluminada pelo Sol.
Tanto Tales de Mileto como Anaximandro de Mileto pensavam nas abóbadas celestes; este seria o formato do céu. Cálculos e ideias sobre a abóbada celeste foram feitas e junto desse trabalho as primeiras pilastras da astronomia, cosmologia e geografia apareceram.
Johannes Kepler formulou algumas leis para os movimentos planetários através de teorias físicas. Ele é considerado por muitos o pai da astrofísica.
Isaac Newton e Galileu Galilei, no século XVII, já pensavam sobre as leis que regiam os corpos celestes e fizeram trabalhos que são aceitos até hoje como a Lei da gravitação universal de Newton e o geocentrismo de Galilei.
Joseph von Fraunhofer e William Hyde Wollaston são os responsáveis por conceituarem a espectroscopia no século XIX. A luz do Sol foi decomposta e, assim, foi possível saber mais sobre sua natureza química. Este, inclusive, foi o momento em que se descobriu um elemento químico até então desconhecido: o Hélio.
Edwin Powell Hubble e Milton L. Homason foram os responsáveis pelos estudos que determinaram o afastamento das galáxias a partir de uma equação conhecida como Lei de Hubble-Homason.
No século XX, Albert Einstein postulou a sua Teoria da Relatividade para explicar um pouco de muitas vertentes da astrofísica. Esta teoria abriu caminhos para estudos com buracos negros, ondas gravitacionais, horizontes de eventos, velocidade da luz dentre outros.
O conceito da abóbada celeste
Basicamente, na Antiguidade, pensava-se que o céu era uma abóbada, uma espécie de ‘tampa’ que envolveria o planeta. Esta abóbada estaria dividida entre círculos, árticos, trópicos, equador, e antártico.
O mapeamento desta abóbada chegou a ser feita utilizando a matemática e geometria da época, que já era bastante desenvolvida.
Ao pensar sobre o céu como sendo uma abóbada, a necessidade de sistemas de coordenadas foi surgindo. Este sistema levou ao surgimento de catalogações de astros de forma mais precisa como constelações.
O conceito de abóbada foi deixado de lado, mas o sistema de coordenadas ainda é amplamente usado assim como a catalogação de corpos celestes.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/astronomia/astrofisica/