Os alvéolos pulmonares são pequenas estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios, constituindo a última porção da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela estrutura de aspecto esponjoso do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas, morfologicamente semelhantes a um favo de mel, abertas de um dos lados, possuindo uma parede altamente vascularizada. Esta última é comum a dois alvéolos vizinhos, dando origem ao septo interalveolar que consiste em duas camadas de penumócitos (principalmente do tipo II), separadas pelo interstício de tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do tecido conjuntivo, e capilares.
É neste compartimento que ocorre a hematose pulmonar. O ar ali presente, é separado do sangue capilar por quatro membranas; são elas: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal desta célula, a lâmina basal do capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar através deste conjunto de membranas; o gás carbônico irá se difundir em direção contrária. Estima-se que os pulmões contenham aproximadamente 300 milhões de alvéolos, aumentando de forma considerável a superfície de trocas gasosas.
A parede interalveolar é composta por três tipos principais de células:
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Células endoteliais dos capilares
São as que estão em maior número e possuem o núcleo mais alongado.
Pneumócitos tipo I
Também denominada célula alveolar pavimentosa, com núcleo achatado, fazendo uma discreta saliência para o interior do alvéolo. O citoplasma desta célula é extenso, fazendo com que os núcleos fiquem muito separados um dos outros; há a presença de desmossomos, ligando as células vizinhas e também, zonas de oclusão, impedindo a passagem de fluídos intersticiais para o alvéolo. Sua principal função consiste na formação de uma barreira para possibilitar as trocas gasosas e ao mesmo tempo, impedir a passagem de líquido.
Pneumócitos tipo II
Também denominadas células septais, estão localizados entre os pneumócitos tipo I, formando desmossomos e junções que unem estas células. São células arredondadas que ficam sobre a membrana basal do epitélio alveolar. Possuem um núcleo maior e mais vesiculoso em relação às outras células; o citoplasma não se adelgaça, possuem reticulo plasmático rugoso desenvolvido e microvilos na sua superfície livre; possuem corpos multilamelares elétron-densos responsáveis pelo aspecto vesiculoso do citoplasma quando visto na microscopia óptica. Sintetizam substâncias liberadas pela porção apical dos pneumócitos tipo II. São os corpos lamelares que produzem a substância presente na superfície alveolar, formando uma camada extracelular nos alvéolos, chamada de surfactante pulmonar.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alvéolo_pulmonar
http://www.infopedia.pt/$alveolos-pulmonares
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/alveolos-pulmonares/