Neuropsicologia

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A neuropsicologia é uma área das ciências da saúde que trata da interface ou aplicação das áreas da psicologia e da neurologia. Essa área destina-se a estudar as relações entre o cérebro e o comportamento humano, contudo usualmente grande parte dos especialistas da neuropsicologia dedicam-se a investigar como diferentes lesões causam déficits em diversas áreas do cérebro afetando as funções corporais e o comportamento humano.

A maioria dos profissionais dessa área direcionam seus estudos para o campo das funções mentais superiores, deixando áreas como agressividade, sexualidade, e outras, para abordagens mais integrativas da fisiologia e biologia (neorofisiologias, neurobiologia e psicobiologia). Todos esses campos de estudo citados compõe o que se chama de neurociência.

As funções mentais superiores foram assim denominadas no começo do século XX, pelo fisiologista russo Ivan Pavlov, tal termo diz respeito às funções do córtex cerebral, especialmente quanto à linguagem e à capacidade lógica-racional dos seres humanos. Com os avanços da neoropsicologia, aliada à neurofisiologia, foi-se descobrindo que diversas funções cerebrais que eram requeridas para a atividade mental não dependia apenas de uma região do cérebro. Mas sim, do funcionamento do cérebro compreendido como um todo, não sendo possível, por exemplo, limitar-se à ação local e específica de alguns conjuntos de células como retina e alguns neurônios do córtex visual próprios para percepção da luz.

Após o trabalho de Pavlov, anos mais tarde, Alexander Luria, neurofisiologista da Universidade de Moscou, deu continuidade aos estudos sobre as funções mentais superiores e proporcionou novas descobertas ao identificar três unidades funcionais da atividade cognitiva: 1. a unidade para regular o sono e vigília; 2. a unidade obter processar e armazenar informações; e 3. a unidade para programar regular e verificar a atividade mental.

Tendo por base essa três unidades, pode-se localizar algumas funções que parecem estar contidas nesses subconjuntos: 1. os diversos estágios que caracterizam o coma, o sono e a consciência; 2. os mecanismos da atenção e memória em que destacam-se as funções do sistema reticular ativador e do hipocampo; 3. o próprio córtex frontal e sensorial responsáveis pelas inteligências múltiplas (inteligência lingüística; inteligência musical; inteligência lógico-matemática; inteligência espacial; inteligência cinestésica; inteligência interpessoal; inteligência intrapessoal).

Dentre as principais contribuições desse ramo do conhecimento estão os resultados de pesquisas científicas para elaborar intervenções em casos de lesão cerebral quando se verifica o comprometimento da cognição e de alguns aspectos do comportamento.

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Arquivado em: Neurologia, Psicologia
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