Segundo a compreensão chinesa do mundo, a Terra é composta por duas forças: yang – ser masculino - e yin – o ser feminino.
No ano de 1850, um filósofo de nome Ralph Emerson, em sua análise a respeito da filosofia oriental, expôs minuciosamente que o yin e o yang concentravam-se em um ou mais pontos, ou em duas ou mais posições opostas, como por exemplo, em uma ação e reação. Se houvesse escuridão, automaticamente haveria a luz, o mesmo acontecendo com o calor e o frio, o masculino e o feminino, assim como nas forças centrífugas – que tendem a se afastar do centro - e nas centrípetas – que tendem a se aproximar do centro.
Para a filosofia, no universo tudo é desmembrado, de forma que qualquer coisa é parte essencial de cada uma das duas partes de um todo. Assim, tudo necessita ser preenchido por uma outra coisa, tal como o espírito complementa a matéria, o subjetivo completa o objetivo, o interior complementa o exterior, o movimento, o repouso.
Cada par de opostos se harmoniza entre si para que possa haver uma estabilização dinâmica no universo.
O Yin e o Yang, apesar de serem forças opostas, são partes integrantes que não se separam. Sua expressão simbólica é a imagem de um círculo que é separado por uma linha que demarca duas metades.
A partícula de cor preta é a yin e a branca é a yang. Observando o círculo, nota-se que a dimensão da separação das cores é idêntica ao contorno exterior, e que o limite entre yin e yang é idêntico à circunferência da figura.
Cada uma das partes integrantes e fundamentais de uma coisa contém a origem do outro, na configuração do ponto claro ou escuro.
Na visão astrológica, o yin-yang perpetua a imagem do céu e da terra, unidos um ao outro, em um abraço recíproco.
Na visão dos chineses, o yin-yang é sinal de que o tempo e o espaço são únicos em sua espécie, assim como a matéria e o espírito.
Cada atitude tomada por uma pessoa sempre resulta em uma ação boa ou má, tudo no ser humano possui uma parte yin ou yang, com a possibilidade de haver ou uma evolução (em havendo uma boa ação) ou uma involução (se ocorrer uma ação voltada para o mal).
O escritor Christopher Markert, autor do livro “Yin-Yang – polaridade e harmonia em nossa vida”, explana que somente é possível encontrar a felicidade e se obter sucesso quando existe uma harmonia com as forças do universo, entre o consciente e o inconsciente, corpo e espírito, imaginação e fato, doce e salgado, dia e noite, entre tantas outras forças existentes no Cosmos.
A vida prima por um equilíbrio que favoreça os dois pólos, sem prejuízo de nenhum dos dois extremos.
Para melhor compreensão, pode-se citar um exemplo muito simples e de fácil entendimento – pela manhã uma pessoa pode tomar uma atitude que considere decisivamente "prática", mas quando chega a noite ela pode decidir seguir a "intuição", ou como se costuma dizer, mudar de idéia, isto é yin e yang.
Até mesmo o céu e a terra possuem imperfeições, porém quando unidos são capazes de alcançar a harmonia.
O Yin Yang são considerados como um jogo agradável e não de rivalidade, bastando entender que os dois pólos possuem feições fortes e fracas e que, portanto, eventuais desavenças podem ocorrer. Esta é a busca do ser humano pelo equilíbrio interior e exterior.
Uma vida em perfeita sintonia só é possível se houver uma perfeita conformidade entre yin e yang, caminho que leva à unidade interior.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/filosofia/yin-yang/