As caderinas formam um grupo de glicoproteínas, que são compostas por 700 a 750 aminoácidos, funcionalmente relacionadas, expressas nas células epiteliais da pele e epitélio das mucosas que medeiam a adesão célula-célula dependente de cálcio.
Estas glicoproteínas costumam se ligarem às células por meio de mecanismos homofílicos, no qual as moléculas de uma célula do mesmo tipo nas células adjacentes; todavia, podem ocorrer também outros dois tipos de ligação: ligação heterofílica, na qual as moléculas de uma célula ligam-se as moléculas de um tipo distinto na célula adjacente e a ligação depende de ligante, sendo que, nesta última, os bastões de caderina ligam-se uns aos outros através de moléculas de gigantes multivalentes.
As caderinas são divididas em 3 subtipos:
- Epitelial (E) ou uvomorulina;
- Placentária (P);
- Neural (N).
As caderinas E e P são encontradas nas junções intercelulares, Os linfócitos intraepiteliais que expressam integrina α4β7 ligam-se a E-caderinas expressas nas células epiteliais. A E-caderina é encontrada na maior parte das células epiteliais, e a P-caderina está presente na placenta e nos epitélios em associação com a E-caderina. A N-caderina é encontrada no tecido nervoso, músculos, rins e cristalino dos olhos. Os autoanticorpos direcionados às caderinas são a base da doença de pele denominada pênfigo vulgar. As caderinas também são de suma importância para a imunidade inata e o reparo de tecidos lesados.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula_de_ades%C3%A3o_celular#Caderinas
Bases da Patologia em Veterinária – M. Donald McGavin e James F. Zachary. Editora Elsevier, ed. 4°, 2009.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/citologia/caderinas/