Hirsutismo

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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Define-se o hirsutismo (também chamado de frazonismo) como a presença de pelos terminais na mulher, em regiões anatômicas consideradas características do sexo masculino.

Habitualmente, os pelos recebem duas classificações: velus ou terminais. O primeiro consiste em pelos mais finos e não pigmentados, enquanto que o segundo são definidos como pelos espessos e pigmentados, que podem ser hormônio-dependentes, encontrados no rosto, tórax, região suprapúbica e raiz das coxas.

Esta condição resulta da ação de hormônios andrógenos circulantes na corrente sanguínea, levando a estimulação da unidade folículo-sebácea fazendo com que os pelos cresçam pigmentados, bem como aumento da produção de ácidos graxos saturados (sebo) e aumento do conteúdo de colágeno da pele, facilitando a proliferação de microorganismos cutâneos.

O hirsutismo pode se dividido em três categorias:

  • Excesso de andrógenos sintetizados pelos ovários e/ou adrenais, como é o caso da síndrome do ovário policístico, da hiperplasia adrenal congênita forma não clássica ou de início tardio, da síndrome de Cushing e dos tumores produtores de andrógenos ovarianos ou adrenais.
  • Aumento da sensibilidade cutânea aos andrógenos circulantes, correspondendo ao grupo do hirsutismo dito “idiopático”, caracterizado por hirsutismo isolado, apresentando ciclos menstruais regulares e ovulatórios.
  • Situações que englobam alterações secundárias no transporte e/ou metabolismo de andrógenos, como, por exemplo, afecções da tireóide, hiperprolactinemia e uso de certos fármacos (danazol, fenotiazinas, metirapona, entre outras).

Para elucidação da causa do hirsutismo, deve ser realizada anamnese e exame físico detalhados. Alguns exames laboratoriais também são úteis na pesquisa da causa do hirsutismo, como é o caso da dosagem de testosterona sérica, andostenediona, deidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de deidroepiandrosterona (DHEA-S), hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), prolactina e cortisol. Exames de imagem, como a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada, também são úteis quando há a necessidade da exclusão de tumores.

A resposta do tratamento ao hirsutismo é demorada, uma vez que ela depende do ciclo de crescimento do pelo. Procedimentos cosméticos podem ser utilizados em associação com o tratamento hormonal, sendo que a terapia medicamentosa irá inibir o crescimento dos pelos, mas não fará cair àqueles já existentes.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hirsutismo
http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=1405&langtype=1046
http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/26-Hirsutismo.pdf

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Arquivado em: Doenças
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