Em toda comunidade ou grupo de pessoas existe um imaginário coletivo, ou seja, um conjunto de símbolos, costumes ou lembranças que tem significado específico para ela e comum a todas as pessoas que fazem parte dela.
Por exemplo, nos países ocidentais existe uma religião predominante que é o Cristianismo. Mesmo para pessoas que não são cristãs, os símbolos do cristianismo, a história e os valores são muito conhecidos. A grande maioria das pessoas conhece a história de Jesus, e de alguns outros personagens bíblicos, pois fazem parte do chamado “imaginário coletivo”.
Em contrapartida, nos países orientais, existem outras religiões que possuem lá, mais adeptos, como é o caso do budismo, do islamismo, etc. Nestes paises encontramos um imaginário coletivo completamente distinto do anterior, devido às diferenças hitórico-culturais.
Este conjunto de “imagens” vai sendo construído ao longo do tempo através da cultura, das artes, da história e dos costumes de um povo.
Podemos citar como parte deste imaginário as lendas e os mitos, que de tão conhecidos acabam influenciando literatura, teatro, dança, etc. Essas representações muitas vezes ultrapassam a realidade e adquirem tanta força que se tornam símbolos de toda uma época da história do povo, independentemente de religião, política ou cultura.
Com a criação dos meios de comunicação, cada vez mais velozes e eficazes, este imaginário coletivo tem se expandido, de modo que as comunidades podem compartilhar seu patrimônio simbólico. Com estas mudanças criou-se um novo termo chamado “aldeia global” que corresponderia à junção de todas as comunidades em uma só, substituindo assim o conceito de “povo”.
O imaginário coletivo, portanto, pode ser assimilado por uma comunidade, por um povo ou por toda a aldeia global. Para entender melhor, consideremos
- comunidade como o menos desses grupos sendo composto por um conjunto de pessoas organizadas sob um conjunto de normas, que vivem na mesma sociedade e compartilham da mesma herança cultural e histórica;
- povo se referindo um grupo maior de pessoas pertencentes a um mesmo país ou continente, a uma religião ou etnia;
- e aldeia global como um termo recente definido pelo filósofo canadense Marshall McLuhan, que propunha uma junção de todo o planeta em uma mesma “aldeia” devido ao progresso tecnológico tornar cada dia mais fácil o compartilhamento de informações, como já foi dito acima.
Para entender melhor o imaginário coletivo, devemos entender que ele pode ser composto por:
a) Símbolos
O termo símbolo é composto por duas partes: o significante (que é algo pertencente à realidade concreta) e o significado (representação abstrata que pode ser determinada por uma religião, uma nação, um fato histórico, etc.).
Há símbolos conhecidos apenas por uma cidade, por um estado, país ou até mundialmente.
b) Conceitos
É uma ideia ou noção, uma concepção de algo feita pela mente e expressa por palavras, alegorias, comparações ou representações simbólicas.
Há conceitos que são universais, ou seja, são tão conhecidos que se tornam inquestionáveis, assimilados por todos. Assim como há conceitos individuais, que são mais abstratos e completamente discutíveis por se tratar de algo subjetivo.
c) Memória
Capacidade de armazenar e de recuperar um dado ou informação, podendo ser individual ou coletiva. No caso do imaginário coletivo obviamente trabalhamos com dados que podem ser rememorados por um determinado grupo de pessoas e que para elas possui significado em comum.
d) Imaginação
Capacidade mental que permite a criação e representação de objetos, da forma como estes podem ser percebidos pela mente através dos sentidos.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/cultura/imaginario-coletivo/