A doença de Menkes, também conhecida como síndrome dos cabelos encarapinhados, trata-se de uma desordem genética, de caráter autossômico recessivo, multissistêmica, neurodegenerativa, ligada ao cromossomo X, que afeta os níveis de cobre no organismo, levando à carência deste mineral.
Foi descrita primeiramente no ano de 1962, por Menkes e colaboradores, em meninos pertencentes à mesma família. Estima-se que afete entre 1:40.000 a 1:350.000 crianças do sexo masculino nascidas vivas.
Foi identificada a mutação responsável pela doença, no gene ATP7A, situado no braço longo (também chamado de braço q) do cromossomo X (Xq13.3), responsável por codificar uma enzima transportadora de cobre, denominada ATPase do tipo P, imprescindível para que ocorra o transporte de cobre intracelular.
As manifestações clínicas são consequentes do mau funcionamento de diversas enzimas, em decorrência da ausência do cobre. São elas:
- Desordens neurodegenerativas;
- Alterações na estrutura capilar;
- Hipopigmentação;
- Alterações no tecido conjuntivo;
- Hipoglicemia;
- Má regulação da temperatura corporal;
- Atraso mental.
A maior parte dos portadores desta moléstia apresentam os sintomas dentro dos primeiros meses de vida, fazendo com que o indivíduo perca o desenvolvimento adquirido até o momento.
O tratamento é limitado, uma vez que o cobre não consegue transpor a barreira hematoencefálica na ausência da proteína transportadora do mesmo. Contudo, o tratamento inclui injeções de cobre, adoção de uma dieta adequada, rica em cobre e fisioterapia.
O prognóstico é desfavorável, com a maior parte dos portadores morrendo durante os primeiros anos de vida.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Menkes
http://files.bvs.br/upload/S/0101-8469/2009/v45n4/a43-47.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/doenca-de-menkes/