A miopatia peitora profunda, também denominada doença do músculo verde, trata-se de uma desordem poligênica, caracterizada pela necrose do músculo supracoracóide de frangos de corte e de perus comerciais.
A causa desta moléstia é a isquemia local, resultante do exaustivo trabalho de melhoramento genético dessas aves, visando selecionar animais que possuem musculatura peitoral altamente desenvolvida. A limitação física imposta pela fáscia muscular leva à diminuição da oxigenação muscular durante a expansão do músculo que ocorre quando realizados exercícios físicos intensos, uma vez que durante estes a musculatura chega a aumentar 20% de seu tamanho original. Consequentemente, há destruição da arquitetura miofibrilar, condição irreversível e, por fim à necrose e degeneração muscular.
Clinicamente, esta desordem quase não leva a problemas, uma vez que não se encontra associada a nenhum agente infeccioso, ocasionando somente a estética da carne, fator que resulta em perdas econômicas em decorrência da condenação da carcaça ou da peça no abate. A musculatura afeta geralmente exibe colocação que varia de amarelo claro a verde-azulado, bem como uma textura fibrosa e seca, com aspecto edematoso.
Esta moléstia foi descrita pela primeira vez nos Estados Unidos, em Oregon, em criações de perus fêmeas com mais de 10 meses de idade. No Brasil, a miopatia peitoral profunda representa um problema real na linha de abate de frangos, levando a perdas econômicas consideráveis.
Fontes:
http://www.vetbiblios.pt/
http://www.aviagen.com/assets/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas-animais/miopatia-peitoral-profunda/