A síndrome de Waterhouse-Friderichsen, também denominada adrenalite hemorrágica, consiste em uma desordem das glândulas suprarrenais (ou adrenais), classicamente relacionada à bactéria Neisseria meningitidise, e mais comumente relacionada à Pseudomonas aeruginosa.
Além das bactérias citadas anteriormente, outros agentes podem estar envolvidos nesta síndrome, como Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae e citomegalovírus.
Esta síndrome é a forma mais severa de septicemia meningocócica. As manifestações clínicas iniciais abrangem febre, calafrios, cefaleia e vômitos. Por conseguinte, surgem erupções cutâneas, que primeiramente caracterizam-se como máculas e, posteriormente, evoluem para petéquias e púrpuras, de coloração cinza escuro. Por fim há hipotensão, que rapidamente leva ao choque séptico. O paciente também pode apresentar cianose das extremidades. Não há meningite nesta forma de doença meningocócica. Disfagia, atrofia da língua e lesões nas comissuras labiais também podem ser característicos desta síndrome.
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais que revelam hipoglicemia, hiponatremia e hipercalcemia e o teste de estimulação do ACTH, indicando insuficiência aguda da suprarrenal. O cultivo do sangue é importante na identificação do agente responsável pela desordem.
O tratamento é feito por meio do uso de antibióticos adequados. Além disso, deve-se tentar reverter o quadro de insuficiência suprarrenal aguda, por meio da administração de hidrocortisona. Quando há necrose, pode ser necessária cirurgia plástica ou enxerto.
Fontes:
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/000609.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Waterhouse%E2%80%93Friderichsen_syndrome
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-waterhouse-friderichsen/