Reforma Católica

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Em meio a diversas reformas que aconteciam no continente europeu, a reforma católica começa a ganhar força entre os anos de 1545 e 1563. Naquele período ocorria o Concílio de Trento, que tinha o objetivo de afirmar de forma mais enfática a disciplina eclesiástica e a unidade da fé católica.

De acordo com o historiador Martin Dreher, no livro "Crise e Renovação da Igreja no Período da Reforma" (editora Sinodal): "Se antes do Concílio de Trento a autoridade, e inclusive, a continuidade do papado pareciam estar em jogo, ao final do concílio a autoridade papal estava confirmada. Esse dado se espelha principalmente no fato de que o concílio solicitou ao papa a confirmação de suas decisões e sua execução. O papado recuperava a função de autoridade das consciências”.

Entre as decisões do concílio estavam a reorganização do Tribunal do Santo Ofício, criação da Companhia de Jesus e do Index Librorum Prohibitorum, que era uma lista de livros proibidos pela Igreja. Além disso, foi aumentado o incentivo à catequização dos nativos do Novo Mundo, adoção da Vulgata como forma oficial de tradução bíblica e reafirmação de valores como o celibato pontifício e a autoridade do papa. De acordo com alguns historiadores, essas decisões foram uma reação ao luteranismo.

Entre outras reafirmações encontradas na Reforma Católica, está a preservação da representação de santos por meio de imagens que eram cultuadas. O Barroco se torna um grande aliado da Igreja neste aspecto, ajudando a ampliar o sentimento dos católicos por meio de obras de arte. Nessa época  são criados os seminários no intuito de investir na educação intelectual dos bispos que, antes da contrarreforma, levavam uma vida sem regras e de muitos excessos.

Entre as organizações que mais se destacaram na efervescência católica do século XVI, destaca-se a Companhia de Jesus. Com sua fundação no ano de 1534, foi responsável por grande trabalho educacional e missionário em escala mundial, principalmente no Novo Mundo. A companhia foi criada por Íñigo López de Loyola junto a alunos da Universidade de Paris.

Os integrantes da Companhia de Jesus ficaram conhecidos como jesuítas, que eram missionários extremamente empenhados, com ampla formação intelectual e posições severas perante aos assuntos religiosos. Por meio deles, a fé da Igreja Católica foi disseminada na África, Ásia e América, continentes em que realizavam a catequese dos índios e ajudavam a manter acesa a fé dos colonizadores.

Fontes:
DREHER, Martin N. A crise e renovação da Igreja no período da Reforma. São Leopoldo, Ed. Sinodal,1996.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_da_Igreja_Cat%C3%B3lica
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/contrarreforma-concilio-vaticano-ii-705935.shtml

Arquivado em: Idade Moderna
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