O Romance Urbano (ou Romance de Costume) enfoca uma temática estreitamente vinculada à esfera social. Ou seja, ele se dedica especialmente a reproduzir e tecer críticas aos hábitos praticados no âmbito da sociedade. Na história da literatura ele corresponde às obras produzidas pelo Realismo, particularmente no século XIX. As figuras principais agora não são mais os nobres, e sim o cidadão comum, geralmente procedente da burguesia ou da plebe; ele vivencia experiências do cotidiano. Seus feitos não lhe trazem mais glória e autoridade; eles gravitam em volta de eventos praticamente sem nenhuma importância, tais como conflitos amorosos e problemas sócio-econômicos. Um de seus autores mais significativos é Thomas Hardy. No Brasil este gênero enfocou particularmente o Rio de Janeiro, então a capital do país, núcleo da política e da cultura que atraía os consumidores daquele período. Tudo começou com A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Mas o mais autêntico romance urbano desta época, no Brasil, foi Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
Autores e Obras
- Thomas Hardy: Judas, o Obscuro; The Poor Man and the Lady; Remédios Desesperados; Sob a Árvore Verdejante; Um Par de Olhos Azuis; A Volta do Nativo; Dois Numa Torre; Tess of the d'Ubervilles; Os Dinastas.
- Joaquim Manuel de Macedo: A Moreninha; O Forasteiro; A Luneta Mágica; O Moço Loiro; As Vítimas-Algozes.
- Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um Sargento de Milícias.
- José de Alencar: Senhora; Encarnação; Diva; Lucíola; A Viuvinha; A Pata da Gazela; Cinco Minutos.
- Érico Veríssimo: Clarissa; Caminhos Cruzados; Música ao Longe; Um Lugar ao Sol; Olhai os Lírios do Campo; O Resto é Silêncio; O Senhor Embaixador.
Fontes:
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3886102
http://pt.wikipedia.org/wiki
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/literatura/autores-de-romance-urbano-ou-de-costume/