A necessidade de administrar o saber sempre foi expressada pelo homem de diversas formas ao longo da história. Desde os registros mais rudimentares representados pelas chamadas pinturas ou gravuras rupestres em superfícies rochosas de cavernas e paredões ao ar livre, passando pela invenção da escrita até o surgimento dos meios mais sofisticados de expressão existentes, sempre teve lugar uma preocupação essencial: preservar experiências, descobertas e aprendizados presentes para transformar ou desenvolver o conhecimento futuro.
A inimaginável soma de informação reunida no decorrer do tempo é de grande importância para a humanidade em todos os níveis de interesse, sobretudo nas áreas do conhecimento e das relações comerciais, mas exatamente pela natureza descomunal de sua substância é que tem surgido técnicas cada vez mais complexas de gerenciamento de dados.
A gestão da informação, conjunto de abordagens de caráter predominantemente estratégico que visa identificar, mapear e analisar sistematicamente o conteúdo dos fluxos explícitos de informação que estruturam a rede neural corporativa, bem como substanciar as exigências dos processos e subsidiar a demanda por resultados, é um tema crucial entre tantas questões que requerem especial comprometimento das organizações.
Convém ressaltar sua distinção frente a gestão do conhecimento, também uma ferramenta indispensável no reportório de expedientes necessários à condução dos negócios, normalmente confundida com a primeira, mas especificamente associada aos ativos implícitos de informação, fundamentalmente correspondentes à formulação de estratégias concebidas para gerar, absorver, compartilhar e empregar elementos do conhecimento, assim como garantir o suprimento da informação necessária no tempo e formato apropriado, em conformidade com os requisitos das operações e com a dinâmica dos mercados, a fim de auxiliar na geração de ideias, soluções de problemas e na formatação de uma atmosfera propícia à inovação.
Disseminar o conhecimento implica a transmissão de informações entre indivíduos ou grupos sociais. O processo ocorre por meio de interações pessoais diretas e também através de artefatos – tangíveis ou intangíveis – nos quais as informações são registradas ou armazenadas para posterior recuperação e aproveitamento.
Grandes volumes de dados são manipulados a todo instante com o propósito de auxiliar nas deliberações com que os gestores em geral precisam se ocupar no âmbito de suas funções.
Com a finalidade de suprir as organizações com informações que sustentem seu planejamento estratégico, gerando suporte informativo de qualidade, algumas tecnologias como o Data Warehouse – ou armazéns de dados na tradução direta –, simplesmente DW deste ponto em diante, estrutura analítica de dados procedentes de um ou mais sistemas informativos, são empregadas na geração de subsídios à tomada de decisão através de técnicas de identificação de padrões, tendências, etc., de acordo com as imposições do mercado em que a empresa atua.
O conceito de DW procede da imprescindibilidade de integralização dos dados corporativos geralmente fragmentados em variados e diferentes ambientes ou sistemas operacionais. Sua proposta é unificar as bases informativas, tornando a apropriação da informação mais ágil e acessível aos usuários dos níveis decisórios.
Seu surgimento é uma resposta às necessidades e demandas do universo empresarial por informação integrada, consistente e apropriada para o enfrentamento dos desafios estratégicos. Dimensionalmente, representa uma ampla base de dados orientada por assuntos específicos, ou seja, modelada, organizada e contextualizada, conforme temas inerentes a uma atividade empresarial qualquer, gerando uma plataforma constituída pela conciliação entre múltiplas e heterogêneas fontes de dados.
Enfim, para resolver um problema de negócio, atingir uma meta, vencer um desafio, manter a competitividade, etc., muitas vezes as empresas precisam de informações que embasem suas resoluções estratégicas. Os DW podem ser considerados como o primeiro estágio de um conceito mais amplo denominado Business Inteligence, BI, cuja ideia central compreende aproveitar ao máximo o fluxo de dados existente em qualquer organização visando, por meio da captação e analise dos elementos informativos, implementar ações ou medidas que melhorem a eficiência e a rentabilidade do negócio.
Referências bibliográficas:
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VALENTIM, M. L. P. Inteligência competitiva em organizações: dado, informação e conhecimento. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v.3., n.4, ago. 2002.
VALENTIM, M. L. P. et al. O processo de inteligência competitiva em organizações. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 1-23, 2003.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/administracao_/data-warehouse/