Empowerment é uma palavra de origem inglesa, que deriva do verbo empower que significa, em tradução livre do dicionário Cambridge, dar a alguém a autoridade oficial ou a liberdade para se fazer algo. Quando usado no âmbito da administração, o significado não sofre grandes alterações em sua raiz. No entanto, seria muito simplista dizer que o significado dessa expressão se restringe unicamente a delegar responsabilidades.
Segundo Long (1999), Empowerment pode ser definido como uma habilidade: a de dar a liberdade para que outras pessoas assumam não só a responsabilidade, como também os riscos e as recompensas ligadas ao processo de tomada de suas próprias decisões dentro da empresa. Por sua vez, Newstrom (2008) é mais generalista e define o termo como sendo qualquer processo que dê maior autonomia para subordinados, através do compartilhamento de informações importantes e de controle sobre os elementos que influenciem o desempenho profissional.
Ao contrário do que se possa imaginar, empoderar os membros de uma organização aumenta significamente o controle. Isso ocorre já que, uma vez que o empoderamento aumenta a auto-estima das pessoas, elas apresentam maior controle. Sendo assim, o Empowerment gera um incremento da auto-estima e, consequentemente, impulsiona a qualidade da organização (CHIAVENATO).
A adoção do Empowerment gera bons resultados para as organizações que o adotam por quê:
- A capacitação dos empregados, por meio de treinamentos e ferramentas, para se tornarem mais especializados nas tarefas que executam;
- É dado aos funcionários mais autonomia, o que faz com que eles se sintam mais responsáveis pela empresa;
- Acaba por gerar uma comunicação mais clara e eficiente, além de gerar um ambiente mais propício para feedbacks e troca de ideias;
- Ocasiona um processo de busca contínua pela melhoria.
- Cria um vínculo emocional entre os funcionários empoderados e a organização. Assim, os funcionários têm mais entusiasmo para contribuir para o sucesso do negócio.
Muitas empresas alegam realizar o Empowerment de seus funcionários, mas na prática é possível notar que os funcionários não possuem realmente muita autonomia. Para fazê-lo de forma adequada é preciso seguir alguns princípios, tais como:
- Oferecer aos funcionários tarefas em que eles se sintam valorizados;
- É preciso que a autoridade, responsabilidade, independência e autonomia em relação às tarefas e aos recursos seja dada de fato;
- É necessário deixar que os próprios funcionários tomem as decisões de seu trabalho;
- Os funcionários devem ser reconhecidos por seus esforços e resultados;
- É preciso que haja um bom relacionamento entre as pessoas da organização. Os empoderados devem ser conectados à pessoas mais importantes e terem o suporte de líderes;
- Informação é poder. Assim, é interessante que a informação circule por todos os níveis da organização, permitindo que as pessoas pensem e ajam de forma mais melhor;
- O empoderamento não se restringe a uma só pessoa, mas a toda a equipe. Assim, é preciso estimular o trabalho em grupo;
- É importante pedir a opinião das pessoas quando houver algum problema;
- O Empowerment deve ser repassado. Aquele que foi empoderado deve empoderar outras pessoas. Esse processo deve ser feito até que toda a organização seja atingida.
Muitas vezes, o receio de perder o controle faz com que muitos gestores não vejam com bons olhos o processo de Empowerment. Portanto, sua implantação deve ser precedida por uma preparação em toda a organização. É preciso estimular a comunicação, que por sua vez precisa ser clara e bem feita.
Referências bibliográficas:
ADAMI, Elizabete. Gestão de Talentos. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: elsevier, 2004.