Fordismo

Por Juliana Machado Cruz

Graduada em Administração de Empresas (UNIFEMM, 2010)
Graduada em Comunicação Social (PUC-MG, 2003)

Categorias: Administração, Indústria
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A semelhança do termo “Fordismo” com o nome da marca da grande multinacional do setor automobilístico não é mera coincidência. Ambos vieram do nome de Henry Ford (1863-1947), maquinista estadunidense de Michigan. Mesmo tendo frequentado a escola de forma irregular por somente oito anos, ele revolucionou a indústria como um todo e a automobilística em particular.

É comum ouvir que Ford criou a linha de montagem, o controle de estoque em tempo real, a gestão de recursos humanos e a produção em massa. Isso é um equívoco. Na verdade, o que ele fez foi usar esses conceitos com eficácia extraordinária.

O Fordismo se baseia em três princípios:

Ford visava atingir o mercado de massa. Os automóveis eram à época exclusividade das classes muito abastadas. O Rolls Royce, por exemplo, era produzido pelo antigo sistema artesanal. Cada veículo era artesanal, lapidado por encomenda. Já o Ford T, primeiro produto a ser fabricado pelo sistema fordista, conseguiu ter seu custo drasticamente reduzido lançando-se mão dos princípios acima, além de contar com peças padronizáveis e intercambiáveis.

Além de reduzir o custo através da padronização do produto, Ford também elaborou um sistema de pagamento baseado em bônus e altos pagamentos que cresciam à medida que a produtividade aumentava. Como consequência, os próprios operários se tornaram parte do mercado consumidor e os carros passaram a fazer parte da realidade das classes proletariadas. Nesse sentido, é possível dizer que o Fordismo teve um importante papel social.

Apesar do Fordismo ter contribuído para que a segunda Revolução Industrial atingisse seu ponto mais alto no início do século XX, ele tinha alguns problemas. Um deles era a produção eficiente concentrada em um só modelo. Diz uma anedota que Ford deixava seus clientes escolherem qualquer cor para seu automóvel, desde que ela fosse preta. A piada mostra como o Fordismo favorece a quantidade em detrimento da qualidade e o foco mais voltado para o produto que para o mercado. O sistema, apesar de sua eficiência, não dava muito espaço para a inovação e a adaptação às oscilações do mercado.

Referências bibliográficas:

ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Teoria Geral da Administração: Das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo. 2007.

MOTTA, Fernando Carlos Prestes; ISABELLA Gouveia de Vasconcelos. Teoria Geral da Administração. 3ª Ed. Ver. – São Paulo: Cengage Learning, 2015.

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