Organograma

Graduada em Administração de Empresas (UNIFEMM, 2010)
Graduada em Comunicação Social (PUC-MG, 2003)

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Organograma é uma representação gráfica da estrutura hierárquica de uma empresa, isto é, do desenho organizacional que, por sua vez, consiste na configuração global dos cargos e da relação entre as funções, autoridade e subordinação no ambiente interno de uma organização. O organograma é considerado a melhor representação gráfica do desenho organizacional.

Ele é especialmente útil para pessoas de fora da empresa (ao visualizar o organograma, a pessoa deve ser capaz de identificar qual pessoa contatar para resolver determinado problema) ou para funcionários recém chegados (ele terá uma maior noção da sua posição e do seu papel no esquema global da empresa, além de deixar claro quem se reporta a quem).

Alguns organogramas apresentam o nome do dirigente de cada departamento, bem como o número de funcionários subordinado a ele e informações referentes à divisão do trabalho. No entanto, um organograma com apenas o nome dos cargos é mais interessante, visto que a utilização dos nomes dos dirigentes faz com que os manuais organizacionais tenham que ser constantemente reeditados para atualizar nomes, sempre que houver mudança de direção.

Organograma da Organização das Nações Unidas. (clique para ampliar)

Organograma da Organização das Nações Unidas. (clique para ampliar)

Outra vantagem do organograma é identificar falhas estruturais na empresa, tais como duplicidade de funções e o consequente desperdício de mão-de-obra. Os principais objetivos de um organograma são: apresentar os diversos órgãos competentes de uma organização, comunicar os vínculos e relações de interdependência entre os vários departamentos e indicar os níveis hierárquicos em que se dividem uma determinada empresa.

Existem quatro tipos de organogramas, segundo Ballestero-Alvarez (2006). A seguir, é possível ter uma ideia melhor sobre cada um dos tipos de organograma:

Organograma por linha

É o que apresenta uma leitura mais fácil. Muito adotado por organizações com estrutura hierárquica rígida, ele tem uma clara inspiração nos arranjos militares de organização. Nele a comunicação e ordens são feitas seguindo-se linhas verticais de cima para baixo e são raras as comunicações horizontais. Uma variante do organograma em linha é o organograma circular ou radial. Ele consiste na apresentação de círculos concêntricos representando os diversos níveis hierárquicos da empresa. Esse tipo de organograma é mais indicado para empresas com estruturas hierárquicas mais enxutas. Do contrário, sua visualização pode ser prejudicada. Tanto no organograma de linha quanto no circular, a posição de destaque fica para o nível hierárquico mais alto, a autoridade máxima. No caso do organograma de linha, essa posição seria no topo. No organograma radial, é a posição central.

Organograma de assessoria

Deriva-se do organograma em linhas. No entanto, este tipo de organograma apresenta uma diferença crucial: as conexões horizontais, tão raras no organograma de linhas. Essas conexões horizontais representam assessorias compostas por especialistas que servem para orientar a gerência em seu processo de tomada de decisões. Tais órgãos não tenham autoridade para tomar decisões. Caso eles ultrapassem os limites de suas funções começarem a dar ordens aos funcionários, isso poderá gerar confusão.

Organograma funcional

É aquele utilizado quando a estrutura organizacional da empresa é baseada no critério funcional. Assim, nele estão representadas as funções que os chefes e subordinados representam na empresa. A sua vantagem é o nível de especialização de cada departamento. A desvantagem é que esse grau de especialização pode atrapalhar uma visão holística da empresa e causar a alienação dos funcionários focados apenas em suas tarefas.

Organograma matricial

Se o organograma por linha é o mais simples, o organograma matricial, por sua vez, é o mais complexo. Isso porque ele é a combinação de duas formas de se organizar a empresa. Essa combinação pode ser, por exemplo, um híbrido de estruturas por projetos e por produto, cliente, etc. Para se compreender melhor como essa combinação pode ser feita, é indicado o estudo dos tipos de departamentalização.

Referências bibliográficas:

CERVANTES, Caravantes, R; PANNO, Cláudia C., KLOECKNER, Mônica C. Administração: teoria e processos. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005.

OSM: Uma visão contemporânea. Academia Pearson. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

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