Organograma é uma representação gráfica da estrutura hierárquica de uma empresa, isto é, do desenho organizacional que, por sua vez, consiste na configuração global dos cargos e da relação entre as funções, autoridade e subordinação no ambiente interno de uma organização. O organograma é considerado a melhor representação gráfica do desenho organizacional.
Ele é especialmente útil para pessoas de fora da empresa (ao visualizar o organograma, a pessoa deve ser capaz de identificar qual pessoa contatar para resolver determinado problema) ou para funcionários recém chegados (ele terá uma maior noção da sua posição e do seu papel no esquema global da empresa, além de deixar claro quem se reporta a quem).
Alguns organogramas apresentam o nome do dirigente de cada departamento, bem como o número de funcionários subordinado a ele e informações referentes à divisão do trabalho. No entanto, um organograma com apenas o nome dos cargos é mais interessante, visto que a utilização dos nomes dos dirigentes faz com que os manuais organizacionais tenham que ser constantemente reeditados para atualizar nomes, sempre que houver mudança de direção.
Outra vantagem do organograma é identificar falhas estruturais na empresa, tais como duplicidade de funções e o consequente desperdício de mão-de-obra. Os principais objetivos de um organograma são: apresentar os diversos órgãos competentes de uma organização, comunicar os vínculos e relações de interdependência entre os vários departamentos e indicar os níveis hierárquicos em que se dividem uma determinada empresa.
Existem quatro tipos de organogramas, segundo Ballestero-Alvarez (2006). A seguir, é possível ter uma ideia melhor sobre cada um dos tipos de organograma:
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Organograma por linha
É o que apresenta uma leitura mais fácil. Muito adotado por organizações com estrutura hierárquica rígida, ele tem uma clara inspiração nos arranjos militares de organização. Nele a comunicação e ordens são feitas seguindo-se linhas verticais de cima para baixo e são raras as comunicações horizontais. Uma variante do organograma em linha é o organograma circular ou radial. Ele consiste na apresentação de círculos concêntricos representando os diversos níveis hierárquicos da empresa. Esse tipo de organograma é mais indicado para empresas com estruturas hierárquicas mais enxutas. Do contrário, sua visualização pode ser prejudicada. Tanto no organograma de linha quanto no circular, a posição de destaque fica para o nível hierárquico mais alto, a autoridade máxima. No caso do organograma de linha, essa posição seria no topo. No organograma radial, é a posição central.
Organograma de assessoria
Deriva-se do organograma em linhas. No entanto, este tipo de organograma apresenta uma diferença crucial: as conexões horizontais, tão raras no organograma de linhas. Essas conexões horizontais representam assessorias compostas por especialistas que servem para orientar a gerência em seu processo de tomada de decisões. Tais órgãos não tenham autoridade para tomar decisões. Caso eles ultrapassem os limites de suas funções começarem a dar ordens aos funcionários, isso poderá gerar confusão.
Organograma funcional
É aquele utilizado quando a estrutura organizacional da empresa é baseada no critério funcional. Assim, nele estão representadas as funções que os chefes e subordinados representam na empresa. A sua vantagem é o nível de especialização de cada departamento. A desvantagem é que esse grau de especialização pode atrapalhar uma visão holística da empresa e causar a alienação dos funcionários focados apenas em suas tarefas.
Organograma matricial
Se o organograma por linha é o mais simples, o organograma matricial, por sua vez, é o mais complexo. Isso porque ele é a combinação de duas formas de se organizar a empresa. Essa combinação pode ser, por exemplo, um híbrido de estruturas por projetos e por produto, cliente, etc. Para se compreender melhor como essa combinação pode ser feita, é indicado o estudo dos tipos de departamentalização.
Referências bibliográficas:
CERVANTES, Caravantes, R; PANNO, Cláudia C., KLOECKNER, Mônica C. Administração: teoria e processos. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005.
OSM: Uma visão contemporânea. Academia Pearson. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.