O Plano de Negócios consiste em um documento que busca retratar uma empresa existente ou em potencial. Esse documento visa caracterizar o negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar o mercado, projeção de receitas, despesas e resultados financeiros.
A utilização do Plano de Negócios no Brasil ainda é recente e pouco divulgada, ao contrário do que ocorre em outros países como Estados Unidos, onde começou a ser amplamente utilizado na década de 1960. Nessa época ele era conhecido pelas expressões plano mestre ou sistema de planos. Apesar do conceito de Plano de Negócios ter chegado ao Brasil ainda na década de 1960, ele só começou a ser utilizado na década de 1970 por órgãos públicos e só se popularizou em 2000 com o aumento de empreendedores interessados em abrir seu próprio negócio.
Existem várias razões para se fazer um Plano de Negócios. Altas taxas de mortalidade de novas empresas, que não sobrevivem aos seus primeiros três anos de vida, demonstram o quanto o empreendedor tem a ganhar com o planejamento adequado. Além disso, muitos empreendedores se arriscam a abrir um novo negócio porque julgam que apenas conhecer o produto, o processo de produção ou ser um excelente técnico será o suficiente. Infelizmente, isso não basta. Ao elaborar o Plano de Negócios, o empreendedor terá um maior conhecimento na área de gestão e terá uma melhor ideia dos esforços que lhe serão demandados em sua nova empreitada.
O ideal é que ele seja feito antes do empreendedor resolver abrir as portas de sua nova empresa. Fazendo-se o Plano de Negócios, o empreendedor terá informações que o auxiliarão a ser mais bem sucedido na abertura de sua empresa ou, talvez, perceber que o negócio não valerá a pena, antes mesmo de perder grande soma em investimentos e suas economias. No entanto, é possível que uma empresa já existente faça seu Plano de Negócios, mesmo que já esteja operando há algum tempo.
O público-alvo de um Plano de Negócios se compõe de: sócios e empregados da empresa, sócios em potencial, parceiros em potencial (distribuidores e representantes, por exemplo), órgãos governamentais de financiamento, bancos, grandes clientes atacadistas, franqueados e, mais importantes, o próprio empreendedor.
Um bom Plano de Negócios conter:
- Um sumário executivo
- Descrição do negócio
- Análise e tendências do mercado em que se pretende ingressar
- Caracterização do público alvo
- Análise da concorrência
- Posicionamento estratégico e análise de risco
- Plano de marketing e estratégia de vendas
- Plano financeiro
- Plano estratégico
- Operações
- Responsabilidade social
- Apêndices
É importante destacar que não há uma lógica única na estruturação e na ordenação do conteúdo de um Plano de Negócios. Em alguns casos, porém, a estrutura e ordenação devem seguir um modelo fixo. Isso acontece quando o Plano de Negócios se destina a alguns órgãos financiadores. Nessas situações, é comum a instituição exigir que o Plano de Negócios siga padrões determinados por ela. Seguir essas recomendações só aumenta as chances de se ter aprovado um financiamento.
Outra característica importante sobre o Plano de Negócios é a sua necessidade de ser um “documento vivo” para ser realmente benéfico para seus usuários. “Vivo” porque ele precisa ser constantemente atualizado, de acordo com as alterações dos cenários interno e externo.
Referências bibliográficas:
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. 30. ed. São Paulo: Editora de Cultura, 2006.
NAKAGAWA, Marcelo. Plano de Negócios: teoria geral. Barueri, SP: Manole, 2011.