O Afeganistão é um dos países mais pobres do mundo (dois terços de sua população vivem com menos de dois dólares/dia). Seu PIB, em 2007, foi de 35 bilhões de dólares. No mesmo ano, seu crescimento foi de 7,5% e o PIB per capita foi de tão somente 1.000 dólares. 53% da sua população estão abaixo da linha de pobreza. Em 2005, a taxa de inflação foi de 16,3% e desemprego atingiu 40% da população afegã.
As atividades do setor primário afegão são baseadas na agricultura e na mineração. Embora pequenas, ocorrem exportações de lã, pedras preciosas, algodão, metais e peles. Apesar de fraca, a moeda afegã, o afegani, tem se valorizado bastante nos últimos anos.
De modo geral, a economia afegã deve seu baixo desenvolvimento à situação de guerra permanente, à falta de um governo central efetivo e à fragmentação da sociedade em grupos tribais. 70% da população do Afeganistão se ocupam de agricultura e criação de gado. A agricultura é a principal atividade afegã, mas sua produção cobre somente as necessidades do povo. Podemos destacar o cultivo de vários tipos de frutas secas, nozes, sementes de rícino, asafoetida (planta medicinal), tabaco, algodão e ópio. São criadas ovelhas, cavalos, burros, bovinos, camelos, cabras e galináceos para a obtenção de carnes, couros, leite, gordura e lã.
A mineração inclui a extração de quantidades relativamente modestas de ouro, lápis-lazúli, cobre, prata, berílio, carvão, cromo zinco e urânio.
As exportações do Afeganistão, em 2006, somaram 274 milhões de dólares e seus principais destinos foram a Índia (22,8%), o Paquistão (21,8%), USA (15,2), Reino Unido (6,5%) e Finlândia (4,4%). As importações, ainda no mesmo ano, somaram 3,82 bilhões de dólares. Os principais fornecedores foram o Paquistão (37,9%), USA (12%), Alemanha (7,2%) e a Índia (5,1%).
A produção e o tráfico de ópio (principal ingrediente da heroína) constituem uma boa parcela (35%) da economia afegã (aproximadamente 12% da população, hoje, ainda está envolvida com as plantações de papoula), mas o cultivo desta planta tem estado diminuindo nos últimos anos. Esta redução se deve ao aquecimento da economia e à informação da população contra o cultivo daquela planta. O Afeganistão é responsável por 93% da produção total de ópio no mundo (193.000 hectares) segundo fontes do próprio governo afegão.
Esforços internacionais para a reconstrução do Afeganistão levaram à criação da Autoridade Interina do Afeganistão (AIE), resultado do acordo de Bonn (2001). Em 2002, na conferência de Tokyo, foram doados por vários países 4,5 bilhões de dólares para a reconstrução do Afeganistão, processo que envolverá a construção de estradas, instalações sanitárias, implementação da agricultura, telecomunicações, energia, etc.