A República do Benim (em francês: République du Bénin) é um país localizado à África ocidental, com um território de 112.622 km², área um pouco menor que a do estado do Ceará. Sua capital é Porto-Novo, sendo a vizinha Cotonou o grande centro comercial, estando ambas localizadas no litoral. Benim possui fronteiras com Níger e Burkina Faso a norte, Nigéria a leste, com a baía de Benim ao sul e Togo a oeste. A língua oficial é o francês, sendo que no cotidiano os habitantes do país utilizam dezenas de línguas regionais, em especial iorubá, fon, mina e goun. A maioria dos beninenses seguem crenças tradicionais locais, além do cristianismo e islamismo. A moeda local é o franco CFA.
Grande parte dos nove milhões de habitantes de Benim vive no sul. São cerca de 42 grupos étnicos, e migrações recentes trouxeram outros cidadãos africanos como os nigerianos, togoleses e malineses. Há ainda muitos libaneses e indianos envolvidos no comércio.
Várias religiões são praticadas no país, sendo as crenças locais predominantes, com os seus métodos variando de um grupo étnico para o outro. O Vodu tem origem no Benim e foi introduzido na América por escravos africanos capturados a partir desta área, que era conhecida pelos europeus como Costa dos Escravos.Benim foi ainda sede de um dos grandes reinos africanos medievais, conhecido pelo nome de Daomé. Os portugueses chegam no século XVI, ao mesmo tempo em que o reino africano expandia seu território. Portugueses, franceses e holandeses estabeleceram postos comerciais ao longo da costa (Porto-Novo, Ouidah, Cotonou), negociando armas e escravos, prática que durou até 1848. Logo depois, os franceses assinaram tratados com os chefes locais, estabelecendo um protetorado que se tornou a colônia do Daomé Francês, parte da África Ocidental Francesa, em 1904. A 1 de agosto de 1960, a República do Daomé ganhou independência total da França (em 1975, o país mudaria seu nome para Benim, referência à baía de mesmo nome, no litoral do país).
Entre 1960 e 1972, Daomé sofreu com uma sucessão de golpes militares, e o último deles levou ao poder o major Mathieu Kerekou, que chefiou um regime de rigorosos princípios marxista-leninistas. O Partido Revolucionário do Povo do Benin (PRPB) permaneceu no poder até o início da década de 1990; Kerekou, pressionado pela França e outras potências democráticas, convocou eleições presidenciais e legislativas. O vencedor das eleições foi o principal oponente do Kerekou, o primeiro-ministro Nicéphore Soglo, que também garantiu uma maioria na assembleia nacional.
Em março de 2006, o ex-diretor do Banco Oeste-Africano de Desenvolvimento Boni Yayi ganhou a eleição para a presidência em meio a 26 candidatos, numa disputa considerada limpa. O ex-presidente Kerekou foi impedido de disputar devido aos limites de prazo e idade. O presidente Yayi tomou posse a 6 de abril de 2006.
Bibliografia:
Benin profile (em inglês) Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/news/world-africa-13037572>. Acesso em: 01 nov. 2012.
Benin (em inglês) Disponível em: <http://www.state.gov/outofdate/bgn/benin/196482.htm>. Acesso em: 01 nov. 2012.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/africa/benim/