Comores possui uma área total de 1862 km², equivalente a um terço da área do Distrito Federal e uma população de 755 mil habitantes, na grande maioria seguidores da religião islâmica. Sua capital é Moroni, localizada em Grande Comore, e a moeda local é o Franco Comorense.
O povo comorense compartilha origens africana e árabe e utilizam no cotidiano o shikomoro (comoriano), um dialeto suaíli, mas com um maior vocabulário árabe. Além do comorense, o árabe e o francês são oficiais. Cerca de 57% da população é alfabetizada.
As três ilhas do Oceano Índico experimentaram mais de 20 golpes ou tentativas de golpes, começando apenas algumas semanas após a independência, quando o presidente Ahmed Abdallah foi derrubado em um golpe patrocinado pelo mercenário francês Bob Denard.
Ao longo dos séculos, as ilhas foram por ocupadas por diversos grupos da costa de África, Golfo Pérsico, Indonésia e Madagascar. Em 1505, exploradores portugueses visitam o arquipélago e por volta da mesma época, e imigrantes shirazi (subgrupo do povo suaíli) introduzem o islã. Entre 1841 e 1912, a França consolida o domínio colonial sobre Grande Comore, Anjouan, Mayotte, e Mohéli e colocou as ilhas sob a administração do governador-geral de Madagascar.
Mais tarde, colonos franceses, empresas públicas e ricos mercadores árabes estabeleceram uma economia latifundiária baseada em culturas de exportação. Após a Segunda Guerra Mundial, as ilhas se tornaram um território ultramarino francês, com direito a representação na Assembleia Nacional da França. Comores conquista autonomia política interna em 1961, e em 1973 é firmado um acordo com a França para a independência do território em 1978. A 6 de julho de 1975, no entanto, o parlamento de Comores aprovou uma resolução declarando a independência unilateral. Os deputados de Mayotte se abstiveram, preferindo manter a ligação com a França. Como resultado, o governo das Comores tem controle apenas sobre Grande Comore, Anjouan e Moheli, e Mayotte permanece até hoje sob administração francesa.
A política das Comores seguiu atormentada pela instabilidade política e pela guerra civil, com numerosos golpes e tentativas de secessão. A tentativa mais recente foi na ilha de Anjouan em 1997-1999, onde facções rivais não chegaram a um acordo sobre a possibilidade de declarar a independência ou para se juntar a França.
Em 1999, o então coronel Assoumani Azali assume o governo nacional em um sangrento golpe de Estado, se comprometendo a deixar o cargo em 2000. Em vez disso, em 2001, Azali deixa as forças armadas e concorre como um candidato civil à presidência nacional, sendo eleito em uma disputa com alegações de fraude.
Em junho de 2007, as eleições em Grande Comore e Moheli foram realizadas dentro do cronograma, mas em Anjouan, o governador Mohamed Bacar, recusou a demitir-se, realizou uma eleição simulada, e declarou-se governador para mais um mandato. Em março de 2008, forças nacionais, com apoio da União Africana restauraram a regra constitucional em Anjouan. A nova eleição para a ilha foi realizada de forma pacífica em junho de 2008.
Bibliografia:
Comoros profile (em inglês). Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/news/world-africa-13229685>. Acesso em: 06 ago. 2012.
Background Note: Comoros (em inglês). Disponível em: <http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5236.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012.