Todo composto químico utilizado pela agricultura no combate aos fungos é denominado fungicida. Os fungicidas podem agir de diversas formas, nem sempre matam os fungos propriamente, há os antiesporulantes, que inibem a produção de esporos, bem como os que inibem a germinação de esporos por determinado tempo, bem como os, denominados assim, de fungistáticos.
O uso de substâncias químicas como fungicida se dá desde a Antiguidade, em que os gregos utilizavam o enxofre para eliminar o que eles chamavam de pestes. No início do século XVIII era muito utilizado o cloreto de mercúrio no combate do carvão do trigo (um tipo de doença causada por fungos que confere à planta uma cor preta semelhante ao carvão), logo em seguida o enxofre é oficializado na Inglaterra como composto fungicida. Em 1882 é descoberta na França a calda bordalesa, empregada no controle do míldio da videira. A partir do século XIX a indústria química se potencializou, sendo descobertas as mais diversas e modernas fórmulas existentes no mercado atualmente.
Os fungicidas geralmente são classificados em Protetores e Erradicantes.
Os protetores surtem efeito apenas quando aplicados antes da introdução do fungo nos tecidos da planta, agem formando uma espécie de barreira tóxica que impede a penetração de fungos através da inibição da germinação de esporos, o que impossibilita ou minimiza a probabilidade de desenvolver uma doença. Já os erradicantes, também chamados de sistêmicos, o princípio ativo do fungicida é absorvido pela planta e deslocado para outras partes que não a de aplicação, têm a capacidade de inibir a proliferação do patógeno em locais distantes ao que foi aplicado.
Os erradicantes, quando aplicados na folhagem, deve estar solubilizados em água para que possam entrar em contato com as células do hospedeiro, os protetores, ao contrário, precisam ser relativamente insolúveis em água para que a barreira de proteção do hospedeiro não se desfaça. Os erradicantes, ainda, são mais eficazes que os protetores exatamente pelo seu poder de eliminação de fungos, por também desempenharem uma certa ação de proteção, pela sua ação imunizante, por necessitar de doses e pulverizações menores que os outros, e principalmente, por serem menos tóxicos às plantas e ao meio ambiente.
A frequente utilização de fungicidas pode levar à seleção de fungos patogênicos resistentes, ou seja, que não são combatidos pela substância. Com isso, a necessidade de utilização de fungicidas mais potentes e de doses maiores gera contaminações de ambientes (águas, solos, ar) e deixando até resíduos em alimentos. A contaminação por fungicidas, seja ela direta ou indireta, provoca sérios danos à saúde dos seres humanos, em muitos casos pode levar a um desenvolvimento de células cancerígenas.
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungicida
https://web.archive.org/web/20040314121007/http://www.uesb.br:80/utilitarios/modelos/monta.asp?site=fitopatologia&tex=ii_04_fungicida3.html
https://web.archive.org/web/20100923014633/http://www.ipni.net:80/ppiweb/pbrazil.nsf/926048f0196c9d4285256983005c64de/4d4c7e5503f5a2c503256fdd004c4a8f/$FILE/Anais%20Fernando%20Juliatti.pdf
https://web.archive.org/web/20070609101401/http://www.cnpma.embrapa.br/public/index.php3?it=p&id=30&func=public
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/agricultura/fungicidas/