Sistema límbico

Por Diego Marques Moreira

Mestre em Neurologia / Neurociências (UNIFESP, 2019)
Especialista em Farmácia clínica e atenção farmacêutica (UBC, 2019)
Graduação em Farmácia (Universidade Braz Cubas, UBC, 2012)

Categorias: Anatomia, Neurologia, Sistema Nervoso
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Para estudar as diferentes emoções que o ser humano é capaz de sentir é necessário entender as estruturas relacionadas à esses sentimentos, o conjunto de estruturas envolvidas nos processos emocionais chamamos de sistema límbico. Darwin em seu livro publicado em 1872 “The expression of the emotions in man and animals" comparou os tipos de expressões em diferentes animais. Desde então houveram diversas contribuições científicas afim de elucidar o funcionamento fisiológico, uma delas foi a de James Papez, um importante cientista, que contribuiu para os conhecimentos atuais sobre o sistema. Em seus estudos ele tentava correlacionar as estruturas emocionais no sistema nervoso as bases ligadas a emoção, Papez notou que as estruturas eram conectadas entre si formando um circuito hoje chamado de circuito de Papez. Anos mais tarde sua teoria foi comprovada pois a extração bilateral da parte anterior dos lobos temporais (estudo feito em macacos Rhesus) lesou estruturas do sistema límbico causando alteração comportamental, deixando os animais impossibilitados de avaliar situações de perigo diante de situações adversas.

Hoje entretanto sabemos que grandes estruturas do encéfalo estão relacionadas as emoções, dentre elas temos em destaque o sistema límbico, hipotálamo e a área pré-frontal.

Dentre as principais estruturas do sistema límbico temos:

Algumas estruturas do sistema límbico. Ilustração: joshya / Shutterstock.com

Os estados emocionais podem envolver diversas áreas do sistema límbico, sendo algumas estruturas ativadas e outras inibidas simultaneamente como no caso da alegria que provoca a ativação de regiões como gânglios basais, estriado ventral e putâmen, já a expressão de raiva, por sua vez, está relacionada com a excitação do hipotálamo posterior enquanto o telencéfalo media efeitos contrários a esse comportamento.

Referências:
MORAES, A.P.Q. O livro do cérebro. Vol 1. São Paulo, editora Duetto - 2009. pag 64.
FRANCO, S.N. Descomplicando as práticas de laboratório de neuroanatomia. 2005.

http://www.guia.heu.nom.br/sistema_limbico.htm
http://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/emocoes.htm

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