História dos gatos

Por Felipe Araújo
Categorias: Gatos
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Na evolução das espécies, os gatos domésticos são considerados adaptações dos gatos selvagens. Após uma série de cruzamentos entre classes, os felinos domesticados surgiram como animais menores e que não ofereciam grande perigo aos seres humanos. A primeira onda de domesticação ocorreu na região do Oriente Médio, especificamente no Crescente Fértil, que compreende Israel, Jordânia, Líbano e partes da Síria, Iraque, Egito, Turquia e Irã.

Gato Persa. Foto: Landor ("Cats and All About Them" de Frances Simpson) [Public domain], via Wikimedia Commons

Após o fim do nomadismo, as populações passaram a utilizar a agricultura como principal fonte de subsistência. Assim, os cereais passaram a ser armazenados, atraindo roedores. Para afugentá-los, os humanos utilizaram os gatos, que passaram a fazer parte do convívio social e exercer uma função primordial nas cidades, caçar e eliminar camundongos e ratos.

Os gatos eram tão importantes no Egito que foram promulgadas leis protegendo estes animais. Se alguém fosse pego “traficando” um gato, receberia a punição de pena de morte. Porém, alguns viajantes conseguiram transportar os animais para outros locais como a Pérsia, onde os gatos foram venerados.

Por serem caçadores naturais, os gatos sempre foram utilizados para controlar pragas, mantendo-se em posição de destaque pelos locais em que passaram. Mas isso terminou com a chegada da Idade Média, quando começaram a ser sinônimos de maus espíritos, tendo sido queimados junto a pessoas que foram denominadas bruxas pela Santa Inquisição. Assim, foi criado o preconceito contra estes animais.

De acordo com a jornalista Paola Bello, em reportagem ao portal da revista Galileu, “a humanidade pagou caro por esse destempero da Inquisição. Com a redução da população felina, os ratos tomaram conta do pedaço. Falta de saneamento, condições precárias de higiene e tráfego de navios infestados de roedores ajudaram a deixar o século 14 marcado na Europa pela pandemia da peste bubônica”.

Porém, com o final da Idade Média, os gatos voltaram a ser bem aceitos nas residências e embarcações, em que os homens do mar utilizavam-nos como amuletos da sorte. Estes animais, convivendo com os navegadores, ganharam a fama de gatos de navio, controlando o número de roedores a bordo.

Após algum tempo, os gatos tornaram-se um símbolo, até mesmo, de ostentação, pois acabaram por ser considerados animais de luxo devido a sua classe e beleza. Eram usados por damas em eventos sociais como verdadeiros enfeites. Neste mesmo período, começaram a ser alvo de expositores, que efetuavam cruzamentos entre espécies com o objetivo de “melhorar” a raça, fenômeno que originou inúmeros tipos de gato. Foram criadas as raças puras, os pedigrees. Um dos gatos mais apreciados no mundo saiu deste processo, o persa, que ficou conhecido na Europa após ser introduzido por Pietro Della Valle, um navegador de origem italiana.

Fontes:
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG84040-7943-204,00-UM+NOVO+OLHAR+SOBRE+O+GATO.html
http://www.smithsonianmag.com/history-archaeology/brief_cats.htmlhttp://www.mismascotas.cl/gato/breve_historia_del_gato.htmhttp://en.wikipedia.org/wiki/Cat

Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!