Peixes

Por Kamila Aguiar Gabaldo
Categorias: Cordados, Peixes
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Peixes são vertebrados que dominam os ambientes aquáticos, desde poças de água até águas congeladas nos polos. Atualmente existem mais de 55 mil espécies que vivem distribuídos por todo o planeta e que podem medir somente poucos milímetros até muitos metros. Em sua maioria os peixes têm formato de torpedo (ou um avião), nadadeiras e o corpo coberto por escamas.

Os peixes conseguem viver em diversos habitats, sendo alguns deles bem inusitados. Por exemplo, existem peixes que vivem a mais de 8 mil metros de profundidade e outros que vivem na cadeia de montanhas do Himalaia a mais de 5 mil metros de altitude. Alguns vivem em nascentes no meio do deserto entre o México e os Estados Unidos, outros em cavernas ou em vulcões submarinos de águas quentes. Tem os que nadam próximo a superfície como o atum e são chamados de pelágicos; os que vivem onde a luz é fraca são conhecidos como mesopelágicos como alguns peixes lanternas; os peixes bentônicos são os que vivem próximo ao chão dos oceanos assim como o peixe tripé.

Um dos motivos que fizeram os peixes ter esse grande sucesso e se distribuírem por todo o mundo são as estratégias de reprodução. A maioria dos peixes tem fecundação externa, e liberam os ovos no ambiente para que eles acabem de se desenvolver e nasçam e são conhecidos como ovíparos. Alguns bagres e os cavalos marinhos mantém esses ovos protegidos na boca e em uma bolsa, respectivamente.

Cavalo-marinho. Foto: Studio 37 / Shutterstock.com

Alguns peixes têm fecundação interna como os tubarões e raias. Uma parte são ovíparos; mas também existem os vivíparos que mantém os filhotes dentro do útero até o momento de dar à luz, assim como os mamíferos; uma outra parte deles carregam os ovos, com os filhotes dentro, no útero sendo conhecidos como ovovivíparos. Alguns peixes vivem reclusos a pequenas lagoas e se reproduzem anualmente, outros viajam quilômetros pelos oceanos para se reproduzirem em regiões específicas; uns passam sua vida adulta no mar e vão se reproduzir em águas doces e outros fazem o contrário, passam a vida em água doce (anádromos) e vão se reproduzir em águas salgadas (catádromos).

Raia-comum. Foto: Benoit Daoust / Shutterstock.com

Classificação

Os peixes podem ser classificados com base na estrutura corporal. Os peixes com estrutura mais básica são as lampreias e feiticeiras que grudam em indivíduos maiores e sugam o sangue. Elas têm o corpo cilíndrico e alongado, como das enguias, não têm escamas e a boca é circular com várias camadas de dentes que as ajudam a se fixarem nas presas.

Os tubarões e as raias ficam em segundo lugar na classificação da estrutura corporal. Ao invés de um esqueleto de ossos, eles têm esqueleto de cartilagem e sua pele tem aspecto de lixa devido à disposição das pequenas escamas que cobrem seus corpos. A maioria preda animais grandes, mas o tubarão baleia e tubarão frade se alimentam dos minúsculos plânctons. O terceiro na classificação é o grupo dos peixes pulmonados. Eles têm esse nome, pois tem uma estrutura que lembra o nosso pulmão e por isso conseguem usar o oxigênio do ar quando precisam de muita energia ou quando o ambiente seca. O quarto grupo inclui os esturjões, peixe que produzem o caviar. Eles têm uma parte do corpo com cartilagem e escamas largas. O quinto e último nessa classificação são os peixes ósseos que compreendem 96% de todos os peixes existentes. Como o nome sugere, eles têm o esqueleto composto por osso. Eles têm uma grande biodiversidade e variação nas cores, formato do corpo, das escamas e muito mais.

Bibliografia:

Bone e Moore - Biologia dos peixes, 3ª edição
Helfamn et al - A diversidade dos peixes - 2ª edição

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