Urso polar

Por Yanna Dias Costa

Graduação em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012)
Mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 2015).

Categorias: Mamíferos
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O Urso Polar ou Urso Branco é um mamífero da família Ursidae, encontrado no Círculo Polar Ártico (na Groenlândia, Svalbard, Russia, Alasca e Canadá) e em áreas próximas. Não existem na Antártida. É o maior dos ursos e a maior espécie de carnívoros terrestres, adaptada para viver em regiões de baixas temperaturas, possui características muito peculiares, como o aperfeiçoamento no nado para a caça de focas. Seu limite de distribuição é determinado pela presença da camada de gelo fixa durante o inverno e a flutuante durante o resto do ano. Acaba ficando mais próximo de onde há encontro do gelo com água, onde há maior abundância de focas. Muitos pesquisadores o consideram um mamífero marinho, já que vive em regiões com blocos de gelo no oceano, daí o nome da espécie Ursus maritimus.

Características

Urso polar. Foto: AndreAnita / Shutterstock.com

Ursos polares são animais solitários e escavadores. Podem medir até 1,63 metros de altura a partir do ombro, 2,5 metros de comprimento do focinho até a cauda e pesam até 800 kg. Possuem dimorfismo sexual: machos (pesam entre 300 e 800 kg e medem até 2,5 metros de comprimento) são maiores do que as fêmeas (que pesam no máximo 300 kg). Possuem uma espessa pelagem dividida em duas camadas para auxiliar no isolamento térmico e uma camada de gordura que tem um papel eficientíssimo de manter a temperatura corpórea constante, mesmo com um ambiente tão gelado. Suas patas dianteiras são largas como um remo para facilitar o nado e são cobertas com pelos para que andem sobre o gelo. Dentição de carnívoro, com incisivos não especializados, caninos são alongados e curvados.

Sua dieta é principalmente de focas, mas pode comer ovos, peixes, aves, vegetação e pequenos mamíferos. Apesar de serem exímios nadadores, os ursos polares caçam as focas na interface entre gelo e água principalmente. Começam comer pela pele e gordura que é a parte de alto teor glicêmico, já que precisam estocar reservas energéticas para o inverno.

Reprodução

São animais poligâmicos, mas existe disputa de machos por fêmeas. O casal permanece junto em um curto período de tempo, durante o estro da fêmea. O acasalamento ocorre no final do inverno e início da primavera, mas a implantação do óvulo fecundado é retardada até o outono. A gestação pode durar até 265 dias e a fêmea pode duplicar seu peso, como reserva energética. Elas escavam túneis nas camadas de gelo na época em que a caça se torna escassa e entram num estado semelhante à hibernação. As mães possuem quatro mamas ativas, nascem em média dois filhotes na toca, mas elas permanecem no estado de quase hibernação até abril, amamentando-os. Nascem com cerca de 600 gramas, medindo de 30 a 35 centímetros, de olhos fechados e em abril saem das tocas com quase 15 kg, continuando com a mãe até os dois ou três anos de idade. A maturidade sexual é alcançada aos cinco ou seis anos. Machos que cruzam com fêmeas e seus filhotes tentam matá-los, a tendência é que as mães evitem esses encontros. Um urso polar selvagem vive até 30 anos, sendo que há uma alta taxa de mortalidade em filhotes (30%) e uma taxa considerável de até 16% em adultos.

Ameaças

A espécie é ameaçada pela exploração de petróleo em seu habitat, contaminação com poluentes, caça predatória e mudanças climáticas, levando ao derretimento do gelo. Ela está como vulnerável segundo a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e Recursos Naturais).

Referências:
http://animaldiversity.org/accounts/Ursus_maritimus/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Urso-polar
http://www.aquariodesp.com.br/novo/index.php/urso-polar

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