Biga foi um carro de combate utilizado na Antiguidade.
Muito comum em manifestações artísticas e filmes que representam o período conhecido como Idade Antiga, a Biga era muito utilizada e um importante recurso para combates. Tratava-se de um modelo de carro de guerra que era movido por dois cavalos puxando uma carroceria suportada por duas rodas na qual os combatentes se deslocavam.
A Biga foi utilizada em diversas partes do mundo antigo e obteve sucesso e repercussão graças à invenção dos aros na roda. O alívio e a distribuição do peso cansavam menos os cavalos, que, em geral, eram pequenos demais para suportar o peso dos combatentes por muito tempo nos campos de batalha. A Biga revolucionou os combates, especialmente em terrenos planos e abertos, pois favoreciam seu deslocamento. Outros tipos de terreno também exigiam muito dos animais, causando prejuízo nos combates. A grande necessidade dos cavalos exigiu maiores cuidados com os animais, que eram alimentados e tratados com mais atenção para se tornaram maiores e mais fortes, capazes de puxar o carro por mais tempo e maiores distâncias. No início, os cavalos não passavam de grandes pôneis, na verdade. Mas o desenvolvimento das Bigas aumentou o tamanho e a resistência dos animais, permitindo, mais tarde, o surgimento da cavalaria.
As Bigas surgiram por volta do ano 2000 a.C., mas o ápice de sua utilização parece ter sido em torno do ano 1300 a.C.. A Batalha de Kadesh, travada entre egípcios e o Império Hitita, entre os séculos XIV e XIII a.C., foi um conflito no qual houve muita utilização de Bigas. Passado o apogeu de utilização verificado na era militar, as Bigas permaneceram em uso, mas com adaptações para o transporte e para jogos. O recurso se tornou obsoleto no campo de batalha, mas fez muito sucesso nos jogos romanos em função das corridas disputadas. O entretenimento foi popular em Constantinopla até o século VI.
Por fim, as Bigas deram a base para recursos de guerra que foram utilizados em diversos conflitos ao longo da história e nas guerras do século XX.
Fonte:
http://www.fug.edu.br/adm/site_professor/arq_download/arq_289.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/antiguidade/biga/