Arte bizantina

Por Liane Carvalho Oleques

Mestre em Artes Visuais (UDESC, 2010)
Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica (UFSM, 2008)

Categorias: Artes
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A arte bizantina diz respeito à arte de caráter, eminentemente religioso que foi produzida no Império Bizantino – leste do Império Romano após sua divisão em 395 d.C.

Após a divisão do Império Romano em duas partes em função de conflitos políticos e problemas com as fronteiras, o Imperador Constantino transferiu a capital do império para Bizâncio, adotando o nome de Constantinopla. A então capital Constantinopla foi o centro artístico mais importante desse período.

A arte bizantina, em função de sua localização geográfica, incorporou características do oriente como Ásia Menor e Síria, além de influências greco-romanas. A arte bizantina se destacou na pintura, na escultura, mas foi o mosaico e a arquitetura que se destacaram de forma mais expressiva. Ao contrário do que parece ela não tinha apenas finalidade decorativa, mas também possuiu um objetivo didático e educativo ao orientar os fiéis, especialmente os analfabetos, no entendimento das passagens bíblicas por meio de reproduções da vida de Cristo. Em função disso os artistas deveriam seguir fielmente um padrão e as tradições, desse modo os artistas não poderiam mais seguir sua imaginação e criatividade.

A arte Bizantina pode ser dividida em dois momentos que marcam essa divisão que deu-se em função de ideias e conflitos religiosos e filosóficos que acabaram por destruir grande parte das pinturas, esculturas e mosaicos das igrejas. Os grupos que eram contra qualquer imagem de natureza religiosa eram chamados de iconoclastas que significa destruidores de imagens. Somente por volta do século IX é que as imagens voltam a decorar as Igrejas.

Na pintura Bizantina ganham destaque os afrescos nas paredes das igrejas, as pinturas em painéis portáteis e as miniaturas usadas nas ilustrações dos livros. Como exemplo pode-se citar a Madona Entronizada, têmpera sobre painel, pintura datada do final do século XIII. As esculturas não são muito frequentes na arte Bizantina, no entanto as esculturas criadas são geralmente trabalhadas em marfim.

Os mosaicos ganham destaque especial na arte Bizantina como expressão máxima desse período. Os mosaicos eram confeccionados com pequenos pedaços de pedras e vidros sobre cimento fresco. Os mosaicos ilustravam além das passagens bíblicas, retratos do imperador. Justiniano e seu Séquito (547 d.C.) é um bom exemplo da aplicação dessa técnica. Nele as figuras humanas são representadas com corpos alongados e rígidos, cabeças e pés pequenos com grandes olhos, toda representação de movimento na cena é excluída, sugerindo um novo ideal de beleza.

Na arquitetura a característica básica das construções bizantinas são as cúpulas sustentadas por colunas ou arcos, criando espaços de grandes dimensões. A Igreja de Santa Sofia é a mais grandiosa desse período, foi construída em 532-537 d.C. pelos arquitetos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto.

Basílica de Santa Sofia (Hagia Sophia) - (Istambul, Turquia). Foto: Mehmet Cetin / Shutterstock.com

Referências bibliográficas:
GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

JANSON, H. W e JANSON, Anthony F. Iniciação à história da arte, 2ªed. São Paulo, Martins, 1996.

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