A minimal art, traduzida para o português como minimalismo é um movimento artístico que surgiu na década de 1960 nos Estados Unidos. Ele impactou tanto a música como as artes visuais. Os artistas defensores do minimalismo escreveram manifestos culturais para disseminar os seus fundamentos contra uma arte dos exageros.
Essa corrente artística vem como uma resposta contrária ao estilo de arte que vigorava até então, o action painting parte do expressionismo abstrato. Enquanto o action painting, no Brasil conhecido como gestualismo, defendia uma arte subjetiva, metafórica e ilusionista, o minimalismo traz conceitos de objetividade, neutralidade, e simplicidade como pilares essenciais.
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Características
- Valorização da estrutura física da obra e do ambiente em que está instalada;
- Exploração do essencial, isto é, composição da obra apenas com elementos e recursos necessários;
- Discurso objetivo, ou seja, não busca compartilhar emoções, pensamentos ou narrativas através das obras;
- Presença de formas simples e geométricas com contornos nítidos;
- Uso de cores puras, sem variação de tonalidades;
- Disposição das obras de forma repetitiva, modular e simétrica;
- Utilização de materiais industriais como vidro, aço, acrílico, metal, plástico entre outros;
Artistas
Apesar da origem ser norte-americana, a corrente artística se espalhou por diversos países, todavia, os grandes nomes estão, em sua maior parte, nos Estados Unidos.
Donald Judd é um dos nomes mais famosos da minimal art. Mesmo trabalhando com a geometria de forma abstrata, os princípios da contraposição ao ilusionismo e à narrativa metafórica ainda estão presentes. Além disso, suas esculturas conectam com a estética industrial através da escolha dos materiais e do formato da obra. A estrutura de suas obras trabalham, também, com a sobreposição, criando padrões matematicamente simétricos e regulares.
Carl Andre ficou famoso por defender a premissa da arte/não arte ao trabalhar com objetos comuns expostos como esculturas ou instalações diretamente no chão. Toras de madeira, blocos de concreto e pratos de metal eram dispostos de maneira modular que permitiam que os observadores andassem pelas obras, podendo apreciar a partir de diferentes ângulos.
Sol LeWitt outro importante nome para o minimalismo. O artista trabalhou em uma fronteira flexível entre a minimal art e a arte conceitual, o que garantia aos seus trabalhos ainda menos subjetividade mantendo ainda alta complexidade. Além disso, dialogando com seus contemporâneos, suas obras trabalhavam com volume, padrões geométricos e repetições.
Estilo de Vida
A relação intrínseca entre arte e vida permitiu que a corrente minimalista não se restringisse somente ao artístico. Muitas pessoas, fundamentadas pelos princípios do essencialismo e da simplicidade, passaram a repensar o estilo de vida que possuem.
Sob a primícia de uma melhor qualidade de vida, mais sustentabilidade e realização pessoal, pessoas têm trocado o consumo descontrolado por um consumo consciente do que de fato é necessário e importante para elas. Dessa forma, o que antes era apenas uma corrente artística agora passa a influenciar diferentes esferas da sociedade.
A decoração de interiores, por exemplo, passa a ter uma vertente mais clean, com cores neutras e básicas, mobília sem muitos detalhes e que valorizam a estrutura da peça em si. Dessa forma, cria-se um ambiente mais leve e amplo, independente do tamanho do local.
Já no design, marcas repensam sua logomarca, deixando apenas aquilo que é essencial para a comunicação da mensagem que querem passar, sem excessos ou exageros.
Por fim, a moda também é impactada e uma de suas vertentes valoriza a casualidade. Assim, um guarda-roupas lotado é substituído por peças-chaves atemporais e de qualidade que podem ser combinadas entre si de diferentes maneiras. A variação das cores é substituída por uma paleta mais neutra garantindo o uso das peças por um longo período.
Referências Bibliográficas:
BLOG EMDIA. Vida minimalista: conheça e veja como adotar. conheça e veja como adotar. Disponível em: https://blog.euemdia.com.br/vida-minimalista/. Acesso em: 08 dez. 2021.
MINIMALISMO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3229/minimalismo. Acesso em: 08 de dezembro de 2021. Verbete da Enciclopédia.
THE EDITORS OF ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA. Minimalism. Disponível em: https://www.britannica.com/art/Minimalism. Acesso em: 08 dez. 2021.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/artes/minimalismo/