Para o simbolismo, tudo pode assumir um significado simbólico: elementos da natureza, construções do homem, formas abstratas, etc. O Simbolismo se manifestou na literatura, porém também teve grande expressão nas artes plásticas.
O homem possui um grande potencial para criar símbolos até mesmo inconscientemente, o que confere a objetos ou formas uma importância psicológica bem maior, especialmente nas artes visuais.
Desde a antiguidade mais remota há registros de símbolos deixados pelos nossos antepassados, e que ajudaram a construir nossa história. Hoje em dia, pinturas e esculturas ainda unem história, religião e arte, emocionando e encantando o olhar daqueles que as apreciam.
O simbolismo esteve presente na pintura europeia do final do século XIX, embora nesta época não tenha sido considerado um movimento artístico. Assim como na poética simbolista, eram rejeitadas as formas naturalistas e realistas, aderindo às formas abstratas para representar o mundo real.
Um dos iniciadores do movimento foi Jean Moréas, que através do seu Manifesto Simbolista, de 1886, rejeitava as ideias realistas e naturalistas, defendendo a aproximação entre a ideia e a sensibilidade.
Tal qual na literatura, nas artes plásticas o simbolismo apresentava como forte característica o misticismo e a ligação entre o mundo material e o espiritual. Através de pinturas e imagens estes temas e esta visão de mundo eram expressados.
Elementos como cores e linhas eram utilizados, e entendidos como tendo grande expressividade, representando ideias através da sugestão.
A inspiração vinha de ideias como movimento, vida, morte, arte, perversidade, etc. Muitos artistas plástivos apresentam traços do movimento simbolista em suas obras.
Alguns dos nomes mais conhecidos das artes plásticas simbolistas são Paul Gauguin, Gustave Moreau e Odilon Redon.
Outras características simbolistas encontradas nas artes plásticas são o subjetivismo, a musicalidade e o transcendentalismo.
Os pintores simbolistas davam preferência a temáticas ligadas à religião, à morte ou ao pecado, com forte teor moralizante. Alguns conceitos românticos eram retomados, especialmente os de pintores como William Blake e Philipp Otto Runge, os quais falaram sobre a simbologia da cor e a relação entre forma e cromatismo.
Nas artes plásticas, o Simbolismo acabou sendo mais uma atitude espiritual do que um programa estético, pois não houve uma uniformidade estilística entre as obras. Acabou tendo uma repercussão mais significativa nas artes decorativas e gráficas, pois era essencialmente um estilo decorativo e ornamental. Foi um dos principais precursores do Expressionismo e do Surrealismo.
Fontes:
http://www.infopedia.pt/$simbolismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Simbolismo
http://arte-simbolista.blogspot.com.br/2011/10/o-simbolismo-nas-artes-plasticas.html
http://www.pitoresco.com/art_data/simbolismo/http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ad631/simbolismo.htm