Rafael Sanzio é referência quando se fala sobre o Renascimento italiano. Diferente de outros artistas, Sanzio nasceu na corte, então desde muito novo já vivia em um contexto culturalmente artístico. A serenidade, o requinte e a cortesia eram valores da nobreza vistos não só no seu jeito de ser, mas também em suas obras. Por esse motivo, Rafael era conhecido como “Príncipe dos Pintores”.
Rafael teve como mestre Pietro Perugino, dessa forma, ideais como harmonia e beleza, além de uma influência clássica estão presentes em sua obra. Michelangelo e Leonardo Da Vinci, contemporâneos do artista, também influenciaram Sanzio em relação ao estudo da luz e as relações entre espaço e perspectiva.
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O Casamento da Virgem (1504)
Com dimensões de 170 por 117 cm, a pintura a óleo em madeira, “O Casamento da Virgem” pode ser encontrada na Pinacoteca de Brera, em Milão.
A obra criada em dois planos retrata, como foco principal, o casamento de Maria e José, especificamente o momento da troca das alianças que simboliza a união. Ademais, em segundo plano um templo de forma poligonal é retratado.
É muito nítido o estudo da simetria na obra, além da utilização da técnica de perspectiva, onde o ponto central se localiza na porta de entrada do templo, tendo a assinatura de Rafael logo acima.
Escola de Atenas (1508 – 1511)
A obra “Escola de Atenas” compõe um dos afrescos pintados por Rafael nos aposentos papais (stanze). Essa obra se encontra na Stanza dela Segnatura, local onde documentos eram assinados.
A filosofia é o tema central dessa obra, dessa forma, vários nomes importantes para a história da filosofia estão retratados, por exemplo, Platão, Aristóteles, Sócrates, Heráclito, entre outros. Além disso, com essa obra, a razão obtida através da ciência e da filosofia é exaltada utilizando os valores clássicos da renascença.
Tapeçaria (1514 – 1515)
Rafael Sanzio foi um dos nomes que colaborou com o acervo artístico da Capela Sistina. A ele ficou a responsabilidade de elaborar desenhos preparatórios para a confecção de tapetes que seriam colocados nas paredes da Capela. Para isso, foram utilizados seda, fio de ouro, prata e lã.
Ao todo foram 10 desenhos que tratavam de temáticas católicas, entre elas, a história dos dois santos padroeiros de Roma: São Pedro e São Paulo.
La Fornarina (1518 – 1519)
O quadro de dimensões 85 cm por 60 cm é um retrato realizado por Sanzio. A obra pode ser encontrada, atualmente, na Galleria di Arte Antica di Palazzo Barberini, em Roma.
Acredita-se que ele é uma homenagem feito pela artista a sua amada. Todavia, por conta da realidade de vida distinta, ele pertencente à nobreza e ela ao povo, esse amor nunca foi concretizado.
Outras interpretações associam a imagem da mulher à deusa da Antiguidade Clássica, Vênus. Ademais, a posição das mãos retratadas, um no colo e outra cruzada sobre os ombros reforçam o modelo clássico de esculturas.
Transfiguração (1518 – 1520)
O quadro foi a última grande obra de Rafael Sanzio, logo após sua concretização o artista falece. A obra com mais de 4 metros de comprimento está localizada em um dos museus do Vaticano.
A temática principal é a cena bíblica da transfiguração em que Jesus, elevado nos céus aparece ao lado de Moisés e Elias, na presença dos apóstolos Pedro, Tiago e João. Sanzio retrata essa cena trabalhando com a luminosidade para representar a glória de Deus.
Em contrapartida, a cena na parte inferior do quadro traz a desolação dos seguidores de Jesus em busca de curas e milagres. O artista retrata essa dramaticidade na expressão das pessoas e utilizando o contraste entre claro e escuro.