Macau

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Macau (em chinês mandarim, Àomén; em cantonês, Oumun) ou oficialmente, a Região Administrativa Especial de Macau - R.A.E.M., é uma região especial da China existente desde dezembro de 1999. Seu território compreende a península de Macau e as ilhas de Taipa e Coloane, num total de 29,5 km².

Território português durante quase 450 anos, Macau é hoje uma das duas R.A.E.M. da República Popular da China, junto a Hong Kong. Possui cerca de 550 mil habitantes e tem duas línguas oficiais, o português e o chinês (mandarim como oficial, e o cantonês, mais falado nas ruas). Além disso, desenvolveu-se no território o patuá macaense, língua local de influência portuguesa e cantonesa, que apesar de hoje em dia sofrer ameaça de extinção, vem sendo resgatado, principalmente entre a população mestiça luso-chinesa.

Macau foi assim batizada pelos navegadores europeus em referência ao templo taoísta de A-Ma, (Maa Gok Miu, em cantonês) uma das construções mais antigas da região. Já o nome em cantonês e chinês significa portas (ou portal) da baía. Geralmente, é o nome derivado do português, porém, utilizado internacionalmente para se referir ao território, mesmo em línguas de nações próximas, como o japonês ou o coreano.

Desde sua fundação até 1557, com a chegada dos europeus, Macau não passou de um pequeno vilarejo de pescadores. Naquele ano, os portugueses conquistaram dos governantes chineses autorização para permanecer na área, e o território passou a ser um elo essencial no funcionamento do comércio e da comunicação do então dinâmico império colonial lusitano.

Durante a unificação das coroas portuguesa e espanhola, o governo instalado em Macau recusou-se a aceitar outra administração, recebendo, após a restauração da independência portuguesa, o título de "A mais leal das cidades". Também à época das invasões holandesas a Angola, São Tomé e Príncipe e nordeste brasileiro, Macau foi atacada, resistindo porém à ocupação, mérito dos escravos africanos que defenderam a colônia de modo exemplar em meio a pouquíssimos portugueses. Ainda, durante a Segunda Guerra Mundial, Macau permaneceria com sua soberania incólume, enquanto Hong Kong era invadida pelos japoneses.

Após a Revolução dos Cravos em Portugal, em 1974, Macau foi oferecida à China, que simpatizando com o novo governo português e temendo a influência capitalista do território no resto do país socialista, recusou a oferta. Mais tarde, no meio da década de 80, negociações foram abertas para que a colônia portuguesa fosse devolvida aos chineses após séculos de uma convivência praticamente sem maiores incidentes (a maior revolta no território foi provavelmente o "Motim 1-2-3", influenciada pela Revolução Cultural, no meio da década de 60 e que causou mudanças substanciais na administração).

Com a decadência do império português e a instalação no século XIX, da vizinha colônia britânica de Hong Kong, Macau enfrenta uma lenta e gradual perda de relevância. Somente após a Segunda Guerra Mundial Macau irá reconquistar alguma importância através do turismo e da legalização do jogo. A partir dos anos 70 torna-se conhecida como "Las Vegas do Oriente", e seus vários cassinos contribuem para a maior parte da renda do pequeno território.

Bibliografia:
Macau (em inglês). Disponível em <https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/mc.html>. Acesso em: 13 abr. 2012.

BOTAS, João. Macau Antigo. Disponível em <http://macauantigo.blogspot.com.br/>. Acesso em: 13 abr. 2012.

Vegas vs. Macau: Who Will Win? (em inglês). Disponível em <http://www.businessweek.com/investor/content/jun2006/pi20060608_011406.htm>. Acesso em: 13 abr. 2012.

Arquivado em: Ásia, China
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