Os ciclos solares são atividades do Sol ocorridas durante um intervalo de aproximadamente 11 anos. Essas atividades precisam estar sendo sempre monitoradas pois podem acarretar em consequências para o Planeta Terra como a interferência em sinais de satélites e auxilia na compreensão da formação do Sistema Solar e do próprio Sol.
O ciclo solar mais longo foi um que durou 13 anos e 8 meses (entre setembro de 1784 a maio de 1798). O menor foi o que durou nove anos (entre junho de 1766 a junho e 1775).
O controle do tempo de cada ciclo ocorre ao estudar as manchas escuras no Sol. Essas manchas são causadas pela atividade magnética do Sol e tendem a se agrupar em faixas nas latitudes médias acima e abaixo do equador. O acompanhamento dessas manchas começou em 1849 no Observatório de Zurique e, atualmente, centros de observação na Bélgica e nos Estados Unidos da América fazem observações solares diárias.
Esses observatórios, além de satélites lançados por agências como a NASA, coletam dados das atividades solares conforma a configuração das manchas solares. Assim, conseguimos saber os indicadores de atividades solares para prever tempestades solares e demais eventos com bastante antecedências. As manchas também mostram sobre o movimento do Sol no espaço.
As tempestades solares são provenientes das manchas que disparam no espaço partículas solares que alcançam vários planetas do nosso sistema como a Terra, Júpiter e Marte. Na Terra e em Marte, essas partículas entram em contato com a atmosfera e com o magnetismo desses planetas e são convertidos em auroras boreais. Já em Marte, que tem um magnetismo bastante fraco, as partículas de tempestades solares acabam danificando a atmosfera do planeta.
Sabemos que um ciclo solar se encerrou quando novas manchas surgem perto do equador e essas manchas começam a ganhar mais latitude no Sol. Atualmente, o Sol está no seu ciclo 24 iniciado em 2013.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/astronomia/ciclo-solar/