O planeta Júpiter possui atualmente 66 luas ou satélites descobertos, podendo este número aumentar, à medida que melhora a tecnologia dos aparatos dedicados à pesquisa científica. O maior planeta do sistema solar é também aquele que mais satélites possui, e muitos destes corpos foram descobertos apenas recentemente, devido ao problema enfrentado pelos astrônomos de diferenciar as partículas que formam os "anéis" de Júpiter de suas luas.
Acredita-se que a razão para tamanha quantidade de satélites seja o fato de Júpiter, na verdade, constituir um sistema que "falhou" ao se formar. Em outras palavras, Júpiter, que na verdade é uma imensa bola de gás com um diminuto núcleo rochoso, não conseguiu se converter em uma estrela, como o sol, mas teve força gravitacional suficiente para atrair os corpos que estão em sua órbita. Assim, temos um "sistema morto" dentro do sistema solar, o mesmo ocorrendo com Saturno.
Destes 64 satélites, quatro se destacam pela dimensão, correspondendo a cerca de 99,9% da massa de todos somados. São as chamadas "luas galileanas", pois foram descobertas em janeiro de 1610 pelo físico, matemático, filósofo e astrônomo italiano Galileu Galilei. São elas Io, Europa, Ganimede e Calisto. As dimensões destas quatro são aliás maiores que os dos chamados "planetas anões" (Ceres, Makemake, Haumea, Eris e Plutão, este último, até bem pouco tempo considerado um dos planetas componentes do sistema solar).
Além das luas galileanas, há outros cinco grupos que reúnem os restantes satélites de Júpiter:
- grupo Almateia
- grupo Temisto (cujo único componente é a lua Temisto)
- grupo Himalia
- grupo Carpo (cujo único compoenente é a lua Carpo)
- grupo Ananke (dividido em grupos nucleares e periféricos)
- grupo Carme
- grupo Pasife
Há ainda duas luas, ambas descobertas em 2003, e sem nome definido ainda, possuindo apenas um nome científico referencial, que são as luas S/2003J12 e S/2003J2, e que não pertencem a nenhum dos grupos elencados, possuindo características e órbitas próprias dentro do conjunto de Júpiter.
Apesar da quantidade de luas orbitando o planeta, as quatro luas galileanas são as que despertam maiores atenções dos cientistas. Io, por exemplo, tem despertado tanto interesse a ponto de muitos astrônomos considerarem uma missão inteiramente dedicada a ela. O satélite possui cerca de 400 vulcões ativos, bem como montanhas formadas por movimentos tectônicos. No geral, a lua é o objeto mais geologicamente ativo do nosso sistema solar.
No entanto, a lua de Júpiter que definitivamente está na lista para um dia conseguir sua própria missão é Europa. Este objeto gelado e branco com listras marrons em sua superfície se destaca como um dos melhores candidatos para hospedar vida extraterrestre em nosso sistema solar.
Bibliografia:
Satélites de Júpiter. Disponível em <http://www.colegioweb.com.br/
ROMANZOTI, Natasha. Os maiores mistérios das luas do gigante Júpiter. Disponível em <http://hypescience.com/os-
Ilustração: http://holstchid496.wordpress.com/2011/02/13/jupiters-moons/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/astronomia/luas-de-jupiter/