Um observatório espacial, também conhecido como telescópio espacial, é um satélite artificial utilizado para a observação de planetas, estrelas, galáxias ou outros corpos celestes de forma parecida com os telescópios sobre a terra. Um grande número de telescópios tem sido postos em órbita, fato que propiciou um enorme avanço do conhecimento do cosmos.
Existem vários motivos para a observação do espaço seja desejável, a fim de evitar problemas que os observatórios terrestres têm. Exemplo disso é que o observatório espacial não sofre com a interferência das luzes das cidades, além disso, as turbulências térmicas (presentes na atmosfera) também não alteram a imagem do telescópio. A atmosfera terrestre, por ter formato esférico, funciona como uma lente que distorce as imagens (fato conhecido como aberração ótica), deste modo, a resolução das imagens terrestres tem uma redução significativa. A atmosfera do nosso planeta também absorve uma porção importante do espectro eletromagnético (raios infravermelhos e ultravioletas, por exemplo), assim sendo, algumas observações são praticamente impossíveis de serem realizadas.
Por outro lado os observatórios espaciais têm algumas desvantagens não apresentadas pelos observatórios terrestres, dentre elas podemos citar o custo elevado do lançamento. As cifras gastas para a utilização de um foguete médio podem chegar a 250 milhões de dólares e, se utilizado um ônibus espacial, este valor pode ser duplicado. A impossibilidade da manutenção, ou seja, se um telescópio espacial não funciona bem, não se pode substituí-lo, só o Hubble tem recebido constante assistência técnica dos ônibus espaciais. Outra desvantagem é a vida útil que é muito curta, a maioria dos observatórios espaciais deve ser refrigerada e, quando os líquidos utilizados para tal refrigeração terminam, não é possível preencher os compartimentos com recargas.
Os observatórios espaciais dividem-se em dois tipos: aqueles cuja missão é inspecionar todo o céu e aqueles que observam uma parte específica do firmamento. É interessante lembras que o céu pode ser observado em diferentes faixas do espectro eletromagnético (raios-x, raios gama, ultravioleta, etc.).
Dentre os grandes observatórios espaciais da NASA podemos destacar o telescópio espacial Hubble (HST) observa o espectro visível e a zona de ultravioleta e infravermelho próximos. O observatório de Raios Gama Compton (GRO) observava principalmente raios gama e raios-x duros, que deixou de operar no ano 2000, quando caiu no oceano pacífico. Observatório de raios-x Chandra (CXO), observa principalmente raios-x macios e tem sido utilizado para ver galáxias longínquas. Telescópio espacial Spitzer (SST), observa o espectro infravermelho e foi lançado em 2003.