Quando uma estrela (como o nosso Sol) se forma, obrigatoriamente planetas começam a se fundir ao seu redor, dando início ao que chamamos de Sistema Solar. A distância que cada um terá de sua estrela irá determinar se farão rotação ou translação em mais ou menos tempo, se serão rochosos ou gasosos, enfim, dirá suas características gerais. A presença de vida também é uma característica de um planeta, mas, para isso, algumas regras precisam ser obedecidas. O nosso planeta, a Terra, abriga vida por estar na Zona Habitável do nosso Sol. A Zona Habitável é uma área do espaço crucial e determinante para a vida se desenvolver.
No nosso Sistema Solar, a Zona Habitável é um espaço situado entre Vênus e Marte. Nesse espaço está localizado o Planeta Terra. Uma vez dentro dessa zona, a água líquida pôde se estabelecer na superfície e a atmosfera pôde ficar amena e ideal. A partir daí, eventos seguintes aconteceram e possibilitaram o desenvolvimento da vida conhecida por ser feita de CHONPS (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre).
Para determinar a Zona Habitável de uma estrela, podemos seguir a fórmula:
Onde:
- R = distância da estrela
- L = A luminosidade da estrela em watts
- T = A temperatura em Kelvin
= constante de Stefan-Boltzmann, que vale = 3.14159...
No Sistema Solar, a Terra é, até agora, o único planeta caracterizado pela existência de vida. Os outros planetas rochosos, Vênus, Marte e Mercúrio não apresentam as mesmas condições da Terra. Mercúrio é muito quente por estar próximo demais do Sol, não tem atmosfera e tem um baixo campo magnético. Vênus tem uma atmosfera com efeito estufa intenso, o que deixa o planeta quente e abafado demais para algum tipo de vida resistir. Marte já teve água líquida e uma boa atmosfera suficiente para o surgimento de vida, mas de alguma forma essas condições por lá mudaram. Logo, a Zona Habitável poderia moldar esses planetas para o aparecimento tranquilo de vida em suas superfícies. Por estar mais distante do Sol do que Vênus, Marte é um protótipo quase igual à Terra, mas é falho para o surgimento de vida no Sistema Solar.
Além dos planetas, as luas podem estar em Zonas de Habitabilidade especiais para as condições propícias da vida. Essas luas pertencem a planetas que não estão na Zona Habitável do Sol, mas encontram condições suficientes para serem grandes candidatas a vida. São elas Europa, Io, Encelado (luas de Júpiter) e Titã (lua de Saturno).
Fora do nosso Sistema Solar, há outros planetas com características iguais a da Terra e dentro das zonas habitáveis de suas estrelas. Por estarem distantes demais da Terra, a observação desses planetas ainda é bastante limitado a pequenos cálculos, medições e o uso constante de telescópios muito potentes. As missões Kepler, feitas pela Nasa, buscam estudar e listar os exoplanetas (aqueles que estão fora do nosso Sistema Solar) que estão na Zona Habitável de suas estrelas. Esses exoplanetas estão divididos entre Jovian (tamanho de Júpiter), Neptunian (tamanho de Netuno), Superterran (ligeiramente maiores que a Terra), Terran (do tamanho da Terra) e Subterran (do tamanho de Marte). Os dados mostram que há pelo menos oito exoplanetas nas zonas habitáveis de suas estrelas. Esse número pode aumentar ou diminuir conforme os estudos e a tecnologia avancem. A vida nesses exoplanetas pode ser muito semelhante a nossa ou também bastante diferente visto que as características de cada planeta são únicas. Tendo uma atmosfera eficiente e líquido na superfície, a vida irá se desenvolver conforme outros eventos químicos e biológicos forem acontecendo em cada planeta.
Referências:
http://www1.univap.br/spilling/AB/Aula_7%20Zona%20de%20habitabilidade.pdfhttp://phl.upr.edu/projects/habitable-exoplanets-catalog/datahttp://exoplanetarchive.ipac.caltech.edu/cgi-bin/DisplayOverview/nph-DisplayOverview?objname=KOI-4878.01