Dodô (Raphus cucullatus) é a mais famosa ave extinta pelo homem. Nativo das Ilhas Maurício, esses animais sofreram com as frequentes navegações dos anos 1500. Nessa época, a ilha foi invadida por colonos que trouxeram animais exóticos como porcos, ratos e principalmente macacos que destruíam os ninhos do Dodô. Além disso, as aves eram muito caçadas para consumo dos próprios navegantes enquanto estavam na ilha, pois não tinham medo de humanos e eram de fácil captura, fazendo com que a ave desaparecesse completamente em meados do século XVII. Pertencente à subfamília Raphinae, os Dodôs possuíam as asas atrofiadas e não eram capazes de voar. Mediam cerca de 1 m de altura com aproximadamente 20 Kg. Suas penas variavam entre as cores branca, cinza e preto. Possuía o bico longo e curvado na ponta, adaptado para sua alimentação que era composta principalmente de peixes, sementes e frutas.
![Ilustração de um Dodô do século XVII [domínio público] / via Wikimedia Commons](https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/dodo-362x450.jpg)
Ilustração de um Dodô do século XVII [domínio público] / via Wikimedia Commons
Por não conseguir voar e pela falta de predadores naturais na ilha, acredita-se que os Dodôs construíam seus ninhos no chão, o que facilitou o processo de extinção. Os relatos indicam que as fêmeas colocavam apenas um grande ovo por vez e que o filhote requeria bastante cuidado parental. Pouco se conhece sobre a biologia e comportamento dessas aves, e o que resta hoje da rápida extinção dos Dodôs são alguns ossos que estão expostos em museus dos Estados Unidos, da Europa e em Maurício, e que chamam a atenção para o desaparecimento permanente de diversas espécies e suas consequências para as espécies sobreviventes.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/aves/dodo/