O pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) é a maior ave pertencente à família Spheniscidae (pinguins). Os adultos podem atingir 1,22 m de altura e pesar até 37 kg.
Esses animais vivem no continente antártico, em colônias muito numerosas. Na Ilha Coulman, por exemplo, chegam a reunir-se cerca de 300.000 pinguins-imperador. Esses animais apresentam monogamia em série, ou seja, só tem um parceiro em cada ano, permanecendo fiéis durante esse período.
No início do outono (março), macho e fêmea acasalam, e, após botar o ovo, a fêmea volta para o mar, deixando ao macho a tarefa de chocá-lo. Durante 64 dias o macho não faz outra coisa. Imóvel, ele passa mais de dois meses em jejum, até o ovo eclodir. Antes de o macho iniciar a incubação, o casal realiza a “operação passa-passa” do ovo, com as patas. Caso o ovo escape da pata de algum deles e caia no chão, é imediatamente desprezado, pois basta uma exposição de segundos à temperatura ambiente (que gira em torno de -30° a -80°C) para que o embrião morra.
Quando o recém-nascido rompe a casca, é o pai que lhe oferece a primeira refeição, que é uma secreção de sua goela. A fêmea, então, retorna e assume suas responsabilidades maternas, enquanto o pai vai descansar. O filhote é alimentado com peixe regurgitado. Por vezes, a fêmea alimenta não apenas seu filho, mas também outros recém-nascidos do bando.
O filhote nasce coberto por uma macia penugem cinzenta, não brilhante como a do adulto, mas opaca. Essa característica permite a máxima absorção de calor, indispensável até que ele adquira a capacidade de regular a temperatura do corpo. Com a chegada do verão, porém, a penugem é substituída pelo tradicional “fraque” dos pingüins adultos. Estes últimos possuem uma plumagem de cor preta, que cobre a cabeça, a garganta, as costas, a parte dorsal das asas e a cauda. A plumagem preta encontra-se bem delineada do restante, que é de cor clara. A parte ventral das asas e do corpo são de cor branca, já na parte mais anterior a plumagem torna-se amarela pálida, enquanto que as manchas auriculares são de um amarelo vivo. Possuem um bico que mede em torno de 8 cm, apresentando uma coloração escura na sua parte superior, enquanto que na parte inferior pode possuir cor rosa, laranja ou lilás.
A plumagem escura dessas aves torna-se castanha, de novembro a fevereiro, antes da muda anual (janeiro-fevereiro), sendo que esta leva em torno de 34 dias para ser completada.
O pinguim-imperador é um excelente nadador, pode mergulhar até 60 m de profundidade e é capaz de resistir 15 min debaixo da água. Possuem um corpo esguio que minimiza o atrito enquanto nadam, suas asas atrofiadas se tornam barbatanas duras e planas para “voarem” na água. Flutuam com facilidade graças à grande quantidade de gordura corporal que possuem.
Como essa espécie não possui locais de incubação fixos, esses pingüins precisam utilizar os chamamentos vocais para a identificação dos parceiros. Quando os adultos vocalizam, utilizam dois intervalos de frequência simultaneamente, já as crias, utilizam uma vocalização modulada em frequência para pedir comida e para chamar os pais.
A taxa de sobrevivência média anual desses pinguins é de aproximadamente 95,1%, com uma esperança média de vida de 19,9 anos.
A alimentação desses animais é composta, basicamente, por peixes, crustáceos e cefalópodes, embora a composição da dieta varie de população para população.
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Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinguim-imperador
https://web.archive.org/web/20170226163954/http://www.webciencia.com:80/14_pinguim.htm
http://species.wikimedia.org/wiki/File:Emperor_Penguin_Manchot_empereur.jpg
Guia Ilustrado – O Mundo dos Animais – Aves I. Editora Nova cultura, 1990.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/aves/pinguim-imperador/